Ontem após a partida o técnico Zé Ricardo não se apresentou para a entrevista coletiva. Quem o fez foi Paulo Pelaipe, diretor Executivo de futebol do Vasco. O motivo foi a demissão do técnico, que segundo Pelaipe, pegou a todos de surpresa.
O agora ex-técnico do Vasco teve os resultados acima, que se traduzem em 52,7% de aproveitamento. Longe de ser o ideal, mas também longe de ser um desastre. O problema é que esse desempenho positivo foi conquistado contra adversários nitidamente fracos, ou durante a reta final do Brasileirão 2017. Esse ano, praticamente todas as vezes em que o time enfrentou adversários um pouco mais qualificados, o resultado foi ruim, tendo inclusive sido goleado algumas vezes.
Mas o desempenho é relação direta com o enfraquecimento do time, e com a série de lesões, que fazem com que peças fundamentais não possam atuar. As que as substituem são apostas de recuperação que não deram certo. Erazo, Wellington, Paulão, Fabrício, Rafael Galhardo, Riascos estão entre os que não deram certo. Giovanni Augusto, Thiago Gallardo, Breno, Ramon, Werley, Rildo, Kelvin entre os lesionados. São 16 atletas, que junto com Martin Silva, Rios, Desábato, e Pikachu, deveriam dar uma base sólida para que o time atravessasse um ano com talvez um título Carioca, mas com certeza sem sustos. Mas quando 80% desses atletas, ou não deram certo, ou pouco jogam devido as lesões, aí temos um problema sério. Zé tentou acertar o time trazendo atletas da base, ou fazendo improvisações, o que lhe rendeu as pechas de Estagiário e Professor Pardal. Atletas da base oscilam, normalmente demoram a se estabilizar, e são inexperientes. Improvisações dificilmente dão certo.
Ora Vascaínos, não faz muito tempo tivemos um filme parecido no Brasileirão, só que com Doriva. Zé Ricardo ainda deixa o Vasco em situação muito melhor que em 2015.
Só que isso é situação dentro de campo. Vamos agora analisar o caso das fotos, do afastamento provisório de 4 atletas, do anúncio da troca de Evander, a debandada do início do ano de um time que disputaria a Libertadores, os problemas financeiros, e vemos um quadro que poucos profissionais teriam forças para enfrentar. Parece que a de Zé Ricardo acabou.
Zé Ricardo acertou muito mais do que errou. É claro que seus erros foram importantes, mas os acertos foram mais. E Zé Ricardo também fez muito pelo Vasco. Cabe agora o Vasco e os Vascaínos que estão na política do Club começarem a fazerem mais pelo Gigante. Algo que certamente não temos visto nos últimos 20 anos.
Para Zé Ricardo boa sorte (menos contra o Vasco). Para o Vasco trabalho, principalmente por parte de seus dirigentes, porque precisamos de contratações, e porque nenhum técnico irá ensinar Erazo, Paulão, Wellington, etc a jogarem futebol, até porque eles parecem não quererem aprender, e apenas disposição e vontade não resolvem problemas de uma equipe, salvo ocasionalmente.
Saudações Vascaínas!
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