O Japão perdeu, mas ganhou. A Polônia ganhou e ao menos não saiu zerada da Copa. O jogo não foi dos melhores, mas não foi o pior da competição. Os japoneses tentaram muito, correram muito e, apesar de suas limitações técnicas, fizeram uma partida bem razoável. Já os polacos eram franco atiradores. Eliminados antecipadamente, só buscavam uma vitória para não passarem a vergonha extrema de saírem da competição sem marcar um ponto, depois de chegarem como cabeças de chave e "virtuais" classificados às oitavas de final.
Mas o jogo também viu o tamanho e a força se sobreporem à técnica e a velocidade. A maior força e estatura do time polaco levou nítida vantagem sobre a zaga japonesa, e o goleiro nipônico foi obrigado a fazer várias intervenções importantes durante a partida. Já o contrário não é verdadeiro. Embora os japoneses tenham tentado muito, tenham se esforçado e corrido, o goleiro polonês pouco trabalhou, e a bola rondou sua meta, mas não chegou a oferecer grandes perigos.
No final o Japão se classificava com a vitória da Colômbia sobre o Senegal, e seus atletas passaram a tocar a bola esperando o apito final. A torcida presente ao estádio não gostou da atitude dos japoneses, mas há que se entender que o resultado classificava a equipe, feito que não conseguiam há já algumas Copas, e isso vale mais do que correr riscos por um empate desnecessário.
No futebol há duas estratégias sempre em vigor. A primeira é a do jogo, que tem por objetivo obter o melhor resultado possível na partida. A segunda é a do torneio, e seu objetivo é a de obter a melhor colocação possível ao longo da competição. Tomar mais um gol poderia significar dar adeus a Copa para os japoneses, eles optaram pela segurança da classificação, mesmo perdendo um jogo, que já não tinha mais grande importância.
Saudações Vascaínas!
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