Ontem o Vasco venceu o Santos, superou o mau futebol que apresentou nas últimas semanas, mas mesmo assim foi eliminado da Copa do Brasil. Esportivamente o time deixou mostras de que poderia ter ido mais longe, de que poderia ter vencido o Flamengo e que poderíamos estar vivendo momento muito melhor. Mas nossa realidade é que financeiramente é bastante ruim, porque com a derrota do último domingo, e a desclassificação de ontem, deixamos de arrecadar quase R$ 4 mil, e em menos de uma semana. Num clube de finanças combatidas isso faz muita diferença. Esportivamente perdemos um título.
O jogo foi muito interessante, porque mesmo precisando da vitória, o Vascão não chegou nem na intermediária do Santos nos primeiros 10 min. Se o Vascão não passava do meio campo, o Santos não criava, mesmo assim meteu uma bola na trave, em lance fortuito, em que o chute desviou na zaga e saiu do alcance de Fernando Miguel. E aos 10 min o Vasco também perdeu Castan, que sentiu a coxa.
Dois minutos depois o Vascão fez o primeiro. Saída de bola errada do adversário, Lucas Mineiro meteu para Maxi no comando, que ajeitou de calcanhar para Raul, este bateu no cantinho abrindo o placar. A partir daí o Vasco cresceu e passou a ser melhor que o Santos, mas as chances não eram claras. Aos 22 min o Vascão perdeu Fernando Miguel, e a torcida tremeu com Alexander. O Garoto também estava nitidamente nervoso, mas não comprometeu. Enquanto isso o Vascão era melhor, sem ser fatal, até que em cobrança de escanteio Ricardo Graça, livre, fez o segundo de cabeça.
Perdendo por 2 o Santos teve que se abrir mais e veio pra cima, e o segundo tempo foi muito mais animado, porque os santistas diminuíram em falha de marcação do Vascão, e o Vascão perdeu ao menos outros 3 ou 4 gols, daqueles imperdíveis, e ainda teve um gol anulado.
O 2x1 não foi suficiente para classificar, para levar aos pênaltis, e Vascão saiu de campo derrotado na vitória. Como havia dito após o primeiro jogo da final, era hora de trocar o técnico, porque tinha muita coisa em jogo, nas mãos de alguém que não sabia como resolve-las.
Como eu digo as duas disposições dos atletas são fundamentais numa equipe, tanto a de postura físico-psíquica, quanto a distribuição em campo. O Vasco de Marcos Valadares foi completamente diferente do de Valentim, mesmo com escalação parecida. Num 3-5-2 em que a linha de cinco tinha a alternância de Lucas Santos e Marrony, que também se alteravam no ataque ao lado de Maxi, e não guardavam posição, tanto de lado de campo, como também não ficavam abertos como pontas. Na defesa Cáceres foi mais centralizado, mas não foi impedido de subir ao ataque.
As mudanças preencheram o meio de campo Vascaíno, que deixou de ser local amistoso ao adversário, congestionou a entrada da área, não enfraqueceu a marcação nas laterais, abriu espaço para a subida dos laterais, e permitiu ao Vasco voltar a ter contra ataques, além de ter compactado mais o Time.
Duas coisas são importantes de serem ditas. A primeira a postura dos atletas que honraram o manto de tantas glórias. E isso é importante, mas na segunda partida contra o Flamengo houve empenho, mas os erros táticos eram muito nítidos e atrapalharam qualquer reação.
A segunda coisa importante é que esse time tem espaço para evoluir, porque foi a primeira partida de Valadares, e praticamente sem treinar.
Seguimos sem ter um elenco para sermos campeões, mas dá sim para termos um Brasileirão pensando em uma copa Conti e tal, e não apenas em não cair.
Se a diretoria quer apostar em alguém, aposte em Valadares.
A propósito, o time saiu aplaudido pela torcida, num reconhecimento de que houve empenho e desejo, mas não deu.
Saudações Vascaínas!
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