O Vasco foi presa fácil para o melhor time do Paraná, e caiu de 4 na Arena da Baixada. O Time voltou a apresentar erros da época de Valentim, e foi facilmente batido pelo adversário. Claro que a atuação foi prejudicada pelo gol com menos de dois minutos de jogo, em falha de marcação Vascaína, mas isso é apenas um detalhe menor, num jogo em que parecia que um time tinha 10 jogadores em campo, e o outro parecia ter 14 ou 15, tal a superioridade tática dos paranaenses.
Se você acha que a culpa é do técnico, pare de achar. O Vasco é um time em formaçao, porque podemos jogar fora praticamente tudo o que foi feito nos primeiros 4 meses do ano. A insistência com Valentim, que deu mostras de que se perdia a frente do elenco, ao insistir num esquema tático mais do que superado no mundo todo, apenas oferece seu reflexo agora. Uma pena que o aparentemente competente Marcos Valadares tenha que enfrentar essa transição, e tenha tido como primeiro desafio uma equipe bem estruturada e treinada como essa.
Quanto ao jogo o que houve foi o seguinte, o Atlético. PR tinha um time compacto, que jogava em 20-25 m de campo. Com isso seus jogadores pareciam se multiplicar, tendo sempre 1 ou mais atletas do que o Vasco aonde a bola estava. Além disso a intensidade de jogo imposta pelos paranaenses foi muito maior, e os Vascaínos tinham dificuldades de dominar a bola, e mais ainda de executar passes e jogadas. Quando o Vascaíno se livrava de um marcador, já havia outro pronto a dar o combate, aproveitando de um jogador já desequilibrado. Os gols foram apenas uma questão de consequência, e poderiam ter sido mais, enquanto o Vasco perdeu as poucas oportunidades que criou.
O Vasco, ao contrário, voltou a ser um time espaçado, ocupando 40-45 m de campo. Isso dava aos atleticanos o espaço que seu compacto time tinha para exercer a superioridade numérica no setor da bola, e construir suas jogadas contra uma exposta zaga Vascaína.
Sim, porque mesmo quando o Vasco tentava uma pressão, sempre tinha um atleticano a mais, e o time recuava preenchendo is espaços do campo, enquanto o Vasco tinha avançado seu meio e seu ataque, e a zaga tinha recuado, criando um enorme buraco no meio Vascaíno. Esse buraco era preenchido pelos atleticanos, que tinham tempo de dominar e partir em velocidade contra uma zaga exposta, e ainda recebendo o apoio de seu meio campo e laterais, que vinham de trás em velocidade.
Tudo isso foi piorado pela intensidade de jogo imposta pelas duas equipes. Enquanto o Atlét. PR parecia uma equipe europeia de ponta disputando uma "champions", o Vasco parecia uma equipe dos anos 90 disputando um amistoso.
De destaque no Vasco a atuação solitária de Marrony, eleito o melhor da partida, e a entrada de Bruno César, que articulou melhor o meio de campo. Na zaga Werley foi simplesmente medonho, e Miranda sentiu a estréia, mas ainda assim foi melhor que o companheiro. Graça não comprometeu, e os laterais voltaram a ser duas avenidas. No meio Pikachu apático, Ramon enrolado, e Lucas perdido sem ajuda. No ataque Marrony tentava sozinho por não ter com quem jogar, Maxi de lampejos apagados, Ribamar e Sasse entraram nos lugares de Maxi e Pikachu, e fizeram o de sempre, o primeiro nada, o segundo lampejos mal executados.
Marcos Valadares vai ter muito trabalho para acertar esse Time, que precisa melhorar taticamente, mas precisa mudar de postura em campo. Contra o Santos, na maior parte do tempo, o time foi mais compacto e jogou bem, com a atitude de quem quer vencer, hoje isso aconteceu poucas vezes, e foi o desastre que vimos. Um time não muda a forma de jogar da noite para o dia, e ainda levaremos alguns jogos até realmente começarmos a ver progressos. Isso se houver real interesse dos atletas.
Saudações Vascaínas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário