O Vasco venceu a LDU ontem em São Januário pela Sulamericana, mas tal qual como na Copa do Brasil contra o Bahia o resultado não foi suficiente para classificar a equipe. Isso não se deu pela má partida jogada, por falta de organização, por desespero ou por um adversário forte que dificultou as ações dos Cruzmaltino. Ao contrário, a desclassificação foi resultado unica e exclusivamente da incapacidade de os atletas Vascaínos meterem a bola nas redes, tendo a equipe chutado 35 vezes ao gol, mas só ter anotado um tento.
Isso vem de acordo com o que tenho dito aqui por várias vezes. A questão de volume de jogo, de criação de oportunidades, etc, é muito importante, faz e é parte fundamental da partida, mas não é fim, é meio. Ninguém faz gol se não criar a oportunidade, mas o objetivo é o gol, e é esse objetivo que o Vasco tem tido muita dificuldade em atingir nos últimos anos. Até ano passado tínhamos Nenê, esse ano Pikachu assumiu essa função, mas é muito pouco para um time da grandeza do Vasco ter apenas um atleta que consiga um índice mais alto nas conversões de oportunidades em gols.
No jogo aquilo que já esperávamos, o Vascão foi superior do primeiro ao último minuto. Isso não significa que os equatorianos estivessem mortos, tanto que chegou a incomodar umas 3 vezes, mas o Vasco chegou com reais condições de marcar ao menos umas 14 ou 15 vezes. Martin Silva foi praticamente um observador da partida, e mesmo a perda dos dois zagueiros titulares por contusão foi suficiente para complicar a parte defensiva. Isso se deve basicamente a dois fatores, o principal foi a atenção mostrada pela equipe, que só foi quebrada na bola que beijou a trave de Martin Silva, e em uma cabeçada em cobrança de escanteio no segundo tempo, mas que Martin defendeu sem dificuldade.
De resto foi um massacre Vascaíno, mas um massacre inócuo. Se levássemos a comparar o agregado dos jogos com uma luta de boxe, foi um um dos pugilistas tinha.mais técnica que o outro. Nos primeiros rounds da luta o menos técnico acertou uns golpes que derrubaram o melhor boxeador, mas não o levaram ao nocaute. Na sequência o boxeador que derrubou o adversário sabia que não poderia se abrir, porque com mais técnica, a tendência era que o derrubado poderia nocautea-lo se encaixasse seus golpes. Pois o nmelhor bateu, só que não conseguiu entrar na guarda do peso rival, e só no final da luta conseguiu tontear seu oponente. Incontestável que o mais técnico buscou mais, mas não foi eficaz em furar a guarda do oponente, que ainda conseguiu acertar um ou outro golpe.
Agora resta ao Vasco se reinventar. A Sulamericana era um título internacional, e talvez fosse o mais fácil de ser conquistado (depois do Carioca), ainda mais porque o Vasco tinha elenco para isso. Com essa eliminação, deixam de entrar recursos importantes nos combalidos cofres Vascaínos, e a Equipe perde um caminho curto para a Libertadores.. Resta ao Vasco o Brasileirão. Não há mais tempo ou espaço para equívocos, desatenções ou ineficiências absurdas como as de ontem. Ou o Time entra definitivamente em um nível mais alto de competição, ou iremos amargar posições inertes na tabela do Brasileirão, como essa que ocupamos no momento.
A propósito, qualquer que seja o técnico teremos ressalvas contra ele. Uns mais outros menos, mas nenhum será unanimidade, nenhum será inatacável em seu trabalho, mas o que aconteceu ontem não teve nenhuma responsabilidade do técnico. Ao contrário, seu trabalho foi muito bom, mas foi prejudicado pelo erro de ter poupado alguns na primeira partida.
Saudações Vascaínas!
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