sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Blog do Vascão Eterno comenta a atual situação político-jurídica do Vascão



O blogueiro aqui não é advogado, mas sabe ler, interpretar e tomar suas próprias posições, então por isso vai dar seu pitaco nessa situação esdrúxula em que se encontra o Club de Regatas Vasco da Gama. Mais precisamente vamos falar da prorrogação do mandato de Carlos Roberto via Justiça, e da junta “interventora” nomeada pelo Conselho Deliberativo do Club, em votação bastante tumultuada.

Embora tenha muita gente que defenda a junta alegando que bahia, atlético, e outros clubes a tiveram, gostaria que lembrar que não estamos falando de outros clubes, mas do Club de Regatas Vasco da Gama, cujo estatuto, que já foi ridiculamente desrespeitado, pois as eleições já deveriam ter acontecido e, caso haja suspeita de fraude (como há da parte de alguns), então que fossem para a Justiça, não o contrário.

Pois bem, falando desse Vasco da Gama, em seu estatuto, não existe nenhuma previsão de junta, conselho, ou seja lá que nome inventem para administrar o Club, então, qualquer coisa nesse sentido é pura invenção, e o CD não pode inventar. Quando o Juiz fala que o CD deveria dizer como as coisas se resolveriam, era prorrogar mandatos ou eleger presidentes interinos para os poderes do Club. E quando falo prorrogar mandatos é o de todos. Não existe isso de prorrogo de uns e não prorrogo de outros.

E por que dizemos isso? Porque o Juiz diz que o CD deveria, e o verbo é conjugado no condicional porque não está na parte obrigatória da sentença, então existe uma sugestão do julgador, não uma ordem expressa. Da mesma forma, também no próprio estatuto do Vascão não existe a figura expressa da prorrogação de mandatos como solução para um problema desse tipo, mas existe no estatuto a prorrogação de mandatos, pois quando o estatuto atual entrou em vigor, os próprios “legisladores” do Vasco da Gama” utilizaram a prorrogação de mandato, como forma de suprir a carência e o vácuo que existiriam entre o final dos mandatos, a realização de eleições, e a posse dos novos eleitos para os diversos cargos do Club.

Então, na opinião deste blogueiro, a junta administrativa não encontra respaldo estatutário nenhum, e mesmo a alegação de que foi democraticamente eleita não se sustenta, pois eleição não dá o direito de ninguém agir fora das regras.

Tendo tudo isso em vista, seria realmente lamentável se o Juiz decidisse nomear um interventor para o Club, caso não haja uma solução acordada na guerrinha de egos das partes, que muitos dizem ser por motivos ainda menos nobres.

Diferente do que o grupo Casaca insinua, e em alguns momentos afirma com todas as letras, não há boa ou má intenção em se buscar a Justiça para que se garanta um direito que alguém entende esteja sendo cerceado, esse é um recurso aberto e de acesso a todos os cidadãos brasileiros. Caberá à Justiça decidir se/e quais argumentos das partes são válidos, quais são mais relevantes, e proferir uma sentença que ajuste a situação, de acordo com as evidências e fatos levados a seu conhecimento.

E por enquanto o Juiz vem agindo de forma bastante coerente. Faltam pouco mais de 2 meses para as eleições (esperamos que elas realmente ocorram), o Juiz não pode julgar sem ouvir todas as partes, e é verdade quando o Casaca diz que existe coincidência de interesses na ação por parte da atual presidência do Club e dos autores da ação. Como também há coincidência de interesses das chapas e grupos opositores a tal situação.

Sendo assim, se eu julgasse esse caso, e tivesse as evidências que coloquei acima, empurraria isso com a barriga, e deixaria que as urnas decidissem o futuro do Club no dia 11/11, sem mais interferências na vida cotidiana do Vascão.


Porque para isso já bastam as ações que levam esse nome, outrora tão respeitado, a chafurdar na lama das decisões de gente que não faz ideia do que significa ser Vascaíno!

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