A derrota para o Coritiba ontem ligou novamente os sinais de alerta, e se eles ainda não estão piscando e gritando no vermelho, o amarelo já pisca novamente, e com vontade. Não conseguir nenhum ponto, contra o até então lanterna da competição, foi demais, até para os baixíssimos padrões Vascaínos dos últimos anos. Mesmo assim o resultado não foi a única coisa horrorosa, porque o jogo também foi ruim demais, com um Coritiba fraquíssimo, sem nenhum poder para romper as linhas Vascaínas, e um Vasco que apresentou muita dificuldade nisso. O resultado foi um jogo modorrento, chato, sem criatividade, e de pouqíssimas chances de gol.
No primeiro tempo os curitibanos começaram tentando surpreender com uma marcação alta, que dificultou muito a saída de bola do Vasco, e a primeira tentativa de gol foi justamente deles, num cabeçada de longe que saiu fraca e à direita de Fernando Miguel. Um pouco depois o Vasco respondeu pela direita, em lance de perigo duplo, quando o zagueiro cortou no limite de a bola chegar em Talles Magno, e na sequência a bola sobrou, e Cano chegou um pouco depois do zagueiro. O Vasco ainda chegou outras duas vezes com algum perigo, enquanto o Coritiba tentava chutes de longe. Aos 29 min o Vasco perdeu Henrique expulso, com justiça para uns, com excessivo rigor para outros. Isso desestruturou o Vasco, que se retraiu, mas o Coritiba seguia sem entrar na área, e buscava chutes de fora. Aos 43 min um entrou, e definiu o jogo.
No segundo tempo o Vasco voltou com Caio Lopes no lugar de Juninho, e com Benítez no de Talles. As alterações não surtiram muito efeito, e o domínio do Vasco me pareceu mais uma retração do adversário, do que melhora efetiva do Vasco. Depois entraram Pec no lugar de Leo Gil, Borges no de Pikachu, e um pouco depois Tenório no de Leo Matos. Com essas outras 3 alterações o Time até aumentou um pouco o ritmo, mas seguiu com muitas dificuldades de furar a retranca do Coritiba, mesmo assim conseguiu duas boas oportunidades com Cano, que acabaram em duas grandes defesas. Mas a verdade é que o Vasco não exigiu o goleiro adversário, e não foram tentados chutes de fora, ou uma mudança de tática com a entrada de alguém alto na área. Isso facilitou para o Coxa, que passou o segundo tempo entrincheirado, e nem contra-ataques conseguiu puxar.
O Vasco não fez um grande jogo, mas também não chegou a ser um desastre de apresentação, ainda que o resultado tenha sido um desastre. De qualquer forma, como eu disse, o Vasco tem que ligar os sinais de alerta novamente. O Time estava completo, o adversário jogava suas últimas fichas na Competição, era o lanterna, vinha de uma longa sequência sem vitória, e o Vasco conseguiu recolocar esperanças no time paranaense. A atuação Vascaína esteve longe de ser horrorosa, mas também esteve ainda mais longe ainda de ser boa. O Vasco apresentou alguns dos problemas do ano, que foram a enorme dificuldade de penetrar as linhas adversárias, lentidão, mas apresentou uma defesa sólida (talvez por deficiências do adversário), e alguns atletas estavam em noite apagadíssima. Em compensação mostrou mais organização, e mostrou melhor posicionamento tático.
Apesar de o Vasco ter melhorado, ainda precisamos muito de mais intensidade de jogo. Essa deficiência pode ser devido ao péssimo preparo físico de alguns, pode ser por características de outros, ou até mesmo por falta de interesse e atenção de outra parte do grupo. Mas uma coisa é certa, hoje, para se jogar futebol, o atleta precisa ter técnica, precisa ter preparo físico, precisa ter atenção o jogo inteiro, e precisa ter interesse de conquistar tudo isso. Sem isso tudo um time não se torna competitivo. O Vasco tem apresentado falhas em pelo menos uma dessas obrigações básicas na maioria dos atletas, e isso faz o Time ser oscilante, e não conseguir a sequência que todos buscamos e queremos.
Corrigir isso é o maior desafio de Luxemburgo, do Vasco, e do elenco.
Saudações Vascaínas!
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