A postagem abaixo foi
feita por Rica Perrone ontem de manhã. Aproveito também para fazer algumas
colocações a um irmão.
Romário, Reinaldo (atlét.
MG), Fogaça, Delei, Eurico Miranda, Márcio Braga, Roberto Dinamite, José Maria
Marin, Andrés Sanchez, Marcelinho Carioca, José Perrella, Biro-Biro, Bebeto,
Danrlei, Marco Aurelio Cunha, Roberto Monteiro, etc., são alguns exemplos de
políticos diretamente envolvidos com o futebol. Copa do Mundo de mais de R$ 30
bi, desvios de verbas governamentais destinadas ao esporte, etc., são alguns
exemplos de dinheiro de impostos mal gastos, também envolvidos com o futebol.
E vamos comentar o mais
que batido chavão, usado por muitos nesse caso: “futebol não paga minhas contas”.
As minhas não, mas paga de muitos. O Vasco espera um prejuízo de cerca de R$ 20
mil com a perda do título estadual (acho exagero).
E assim como o futebol
não paga minhas contas, a Educação, a Segurança e a Saúde tampouco, e não
significa que não devo me preocupar com elas, já que pago por elas, assim como
pago pelo futebol.
E também óbvio, o futebol
não tem a mesma importância dos serviços listados acima, mas nem por isso
significa que é uma ilha, que está isolado de todo o resto no país. Influencia
e é influenciado por toda a sociedade, haja vista a lista de políticos diretamente
ligados com esse esporte, fora aqueles que pegam carona nele.
Então não é só futebol.
O árbitro Edilson Pereira
de Carvalho, principal envolvido no episódio da chamada máfia do apito de 2005,
não marcava hora, não combinava com os atletas como seria a jogada do roubo, e
nem dizia quantas vezes iria intervir. Teve inclusive jogo em que ele não pode
evitar um resultado, devido a grande atuação de Edmundo.
E isso aconteceu porque
não é assim que se rouba no futebol. O roubo se dá de forma mais sutil, no
lance que pode gerar polêmica, interpretação, e claro, em uma ou outra jogada,
se não fica muito escancarado, e aí fica difícil de dizer que “errou”.
E existe, claro, o erro.
Mas esse, hora beneficia um, hora outro. Não é sempre só para um lado...
Se houve roubo domingo eu
não sei. Mas tem pé, rabo, focinho, orelha... Pode até não ser porco, mas como
parece... E lembrando o retrospecto, em que só um lado é beneficiado pelos
erros? Sei não...
E que eu não comemoraria
um título conquistado dessa forma, seguramente posso afirmar que não. Sou o tipo de
torcedor que vibrou muito com o golaço de Cocada, e deu os parabéns aos
flamenguistas pelo também golaço de Petkovic de falta.
E não dei risada de gol
de Tuliio com a mão, e discuti o caráter de quem riu disso. Simplesmente porque
não tem graça, e porque quem ri disso, normalmente é o mesmo que estará pronto
a te dar uma rasteira quando você menos esperar.
E o “roubado é mais
gostoso”? Polêmica declaração do goleiro do flamengo, seguida de um pedido de
desculpas para a torcida Vascaína. Não precisa se desculpar, Sr. Goleiro do
flamengo. Nós lembramos a forma que você saiu do corínthians, e de outros
momentos de sua carreira. Não poderíamos esperar nada diferente vindo de você.
E muito menos é babaca
aquele que luta pela moralização das coisas, seja na política, seja no futebol.
E Marcelo de Lima Enrique
está certo. Nossa sociedade está doente. Está doente quando diz que temos que
aceitar que a diretoria de uma Estatal produza um relatório omitindo
informações, para fazer com que seu conselho administrativo aprove uma
aquisição prejudicial; está doente quando diz que tenho que aceitar que o
ensino público seja cada dia mais sucateado, assim como outros serviços
públicos também; que tenho que aceitar desvios de verbas públicas;
favorecimentos de estrangeiros em detrimento de brasileiros; e que um
bandeirinha, que “erra” seguida e bisonhamente favorecendo apenas um time, seja
escalado para uma final, mesmo isso tendo sido dito.
E por último, um jogo de futebol
não é motivo para brigas, para quebrar nada. Mas não ser motivo para brigas,
não significa que tenhamos que aceitar tudo passivamente. Porque...
-Não é só futebol.
·
Eu tenho saudades de quando o Tulio fazia gol de mão e nós dávamos
risada sem discutir o caráter de quem ria.
O que está acontecendo é simples. O
vascaíno tem certeza que trata-se de um complô e, portanto, não aceita que
achem graça de um roubo.
O rubro negro entende que foi um erro
do juiz e acha graça. Natural.
Acho, porém, que não houve esquema
algum. Sim um erro do arbitro. Até porque ninguem pode achar que aos 45 vai ter
um lance desses e esperar até lá pra "roubar" pra alguém.
Meu ponto não é se foi, não foi, se é
"sempre assim" ou não. Mas sim a coisa de querer colocar limites em
piadas sobre futebol como por exemplo contestar o caráter de quem diz
"roubado é mais gostoso", que é uma piada repetida ha 100 anos no
futebol sem nada demais. Só uma piada.
Acho que estamos exagerando. É só uma
partida de futebol e um erro de juiz. Não devemos julgar os torcedores de um
lado e de outro pelas suas reações naturais apaixonadas.
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