Quando o Vascão voltou do
intervalo, perguntei o que Barbio fazia em campo? Logo depois do 2º gol do
luverdense, disse que já era. Bom Yago, a quem eu havia pedido, achou um belo
gol, e isso acendeu o Time, que quase chegou ao empate. Mas isso não é suficiente.
O Vascão precisa de muito mais do que isso.
No primeiro tempo o Vascão chegou
logo assustando, assim como fizera com o américa MG, e da mesma forma perdeu o
gol. Dessa vez foi Montoya, que fez bela jogada pela direita e chutou para
fora. Poderia ter passado a Thales, que estava dentro da pequena área entre os
zagueiros. Depois disso uma bola na trave em cobrança de falta Douglas, e
alguns chutes de longe, mas nada de objetivo. O luverdense, ao contrário, além
de ter feito 1 gol no rebote de bela defesa de Diogo Silva, depois de bela
jogada de Prata, ainda obrigou o goleiro Vascaíno a fazer outra grande defesa,
e perdeu um gol dentro da pequena área, após esse mesmo goleiro Vascaíno soltar
uma bola fácil nos pés do atacante da luverdense, que parece ter se assustado e
não fez o gol.
No segundo o Vascão voltou com
Barbio e Yago, nos lugares de Montoya e Reginaldo. Yago começou assustado e bem
marcado pelo lado esquerdo. Foi para a direita e infernizou a defesa
adversária, tendo sido inclusive premiado com um golaço. O jogo incendiou e o
Vascão quase empatou com Diego Renan, que fez bela tabela com Thales e chutou
na trave. Mas a reação Vascaína parou por aí. Dakson entrou no lugar de Felipe
Bastos e o Time se lançou todo ao ataque, e até criou algumas oportunidades,
mas todas ou pararam nas mãos do goleiro Gabriel, ou foram para fora, além do
medo que demonstraram em chutar a gol.
No final dá para perguntar quem é
o time grande? Porque, com certeza, esse não foi o Vascão, tal foi a
dificuldade que encontrou em furar o bloqueio do luverdense, e se impor na
partida. O adversário, ao contrário, deitou e rolou nos erros de marcação da
defesa Vascaína, onde só Luan se salvou, tantos foram os espaços deixados
atrás.
Notas:
Diogo Silva – Não teve culpa nos
gols, e fez duas belas defesas. Mas ele é Diogo Silva, e não tem a menor condição
de estar no elenco Vascaíno. Deixou uma bola escapar bobamente e quase dá um
gol de presente para o adversário. Nota 5,0.
André Rocha – Se cortassem suas
mãos não fariam falta. Para que puxar a camisa do adversário no lance do pênalti?
O cara estava de costas para o gol, e marcado por dois. Também deixou um enorme
buraco pelo lado direito, que obrigou Luan a se desdobrar na marcação, e no
ataque é quase nulo. Nota – 4,0.
Luan – Quem se salvou na defesa.
Dificilmente é batido no mano a mano, e esteve sempre presente nas coberturas.
No lance do primeiro gol estava batido, depois da grande jogada de Prata. Nota
6,0.
Rafael Vaz – Teve altos e baixos
no jogo. Muito inseguro até o Vascão fazer seu gol. Depois disso se impôs,
dominou seu setor e ainda encontrou espaços para chegar ao ataque, com isso
quase fez um golaço no fim. Nota 5,0.
Diego Renan – Não vem reeditando
as boas atuações do campeonato de várzea da Fferj. Erra muitos passes, marca
mal e perde bolas fáceis. Também perdeu o que seria o gol de empate. Nota 4,5.
Aranda – Aqui começa nosso maior
pesadelo atual. Mal posicionado em campo, marca mal e é facilmente batido em
vários lances. Voluntarioso, sobe ao ataque para ajudar e dar opções, mas aí
falta técnica. Nem de longe lembra um jogador que foi considerado o melhor
volante da Libertadores do ano passado. Nota 4,5.
Felipe Bastos – Um pouco melhor
que Aranda, mas também é fraco. Marcou melhor, mas falhou na cobertura ao
lateral, e no ataque é muito lento, além de ter errado muitos passes. Está
lembrando o jogador que começou o campeonato de várzea, não o que terminou. Nota
5,0. Saiu para a entrada de Dakson que teve pouco tempo em campo – Sem nota
Douglas – Dá para entender porque
estava na reserva do corínthians. Uma bola na trave em cobrança de falta, e só.
Errou um caminhão de passes e perdeu bolas fáceis. Teve lampejos quando o
Vascão pressionou no final do jogo, e ainda deu um chute perigoso. Nota 4,5.
Montoya – Um bom começo, com uma
bela jogada pela direita, quando chutou para fora e ainda voltando para ajudar
na marcação. Mas foi caindo de rendimento e na metade do primeiro tempo já nem
parecia estar em campo. Nota 4,0. Saiu para a entrada de Yago, que entrou mal
pela ponta direita, mas cresceu muito quando mudou de lado, fez um golaço e foi
o atacante mais perigoso do Vascão, criando sempre problemas para a defesa
adversária. Nota 6,5.
Thales – Nem de longe lembra o
jogador que estreou contra o goiás ano passado. Continua raçudo, esforçado,
batalhador, mas tem errado muitos passes, tem sido presa fácil da marcação, não
consegue fazer o pivô, e tem contribuído muito pouco em campo. Talvez precise
fazer um gol para recobrar a confiança. Mas hoje não foi seu dia. Foi a pior
apresentação que vi dele com o Manto Cruzmaltino. Nota 4,5.
Reginaldo – Ele é esforçado, mas
toda vez que parece que vai, fica no meio do caminho. Quantos contra-ataques o
Vascão perdeu no primeiro tempo, pois perdia a bola facilmente, ou errava
passes. Nota 4,5. Saiu para a entrada de Barbio, que nem parece ter entrado em
campo. Leva ponto por ter assinado a súmula. Nota 1,0.
Adilson Batista – Mais uma vez
armou mal o Time. Não é uma questão apenas de nomes escalados, mas de como
esses nomes são distribuídos no gramado. Ele, na verdade, está queimando uma
série de bons jogadores, com a insistência na tática, que esses atletas não
conseguem executar, por não terem a característica de fazê-lo (falaremos mais
sobre isso amanhã). Também errou na substituição, mais uma vez. O que Barbio
fazia em campo, tendo Marquinho no banco? Porque colocar Dakson, se ele já
tinha tirado um meio campo (Montoya). Falta-lhe critério, entendimento do que
está acontecendo no gramado, e agilidade tática para mudar o andamento de uma
partida. Muda peças, mas se recusa a mudar a tática. Fica fácil e previsível
anulá-lo. O Vascão precisa de um técnico. Nota 2,0.
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