terça-feira, 11 de novembro de 2014

Blog do Vascão Eteno e porque somos contra Eurico Miranda

O texto abaixo foi retirado do grupo Notícias da Corte, hospedado no Facebook e divulgado pelo Grande Benemérito Vascaíno Otávio Gomes. Não conheço todos os detalhes da vida de Eurico Miranda, até porque quando nasci, Eurico já era empregado do Gigante. Mas isso não significa que não tenha suficiente conhecimento da vida do ex-mandatário Vascaíno para poder dizer que Eurico já era.

E não falo isso baseado em sua vida particular, que a mim pouco interessa, mas em sua vida pública, como político e dirigente de futebol. A forma de Eurico agir é anacrônica, não surte mais o efeito desejado, e apenas lhe dá poder internamente, onde um grande número de pessoas ainda o teme, outros ainda o acham poderoso.

Mas isso não significa que ele não tenha sido importante para o Vascão. Já disse isso e volto a dizer, nas décadas de 80 e 90, quando os adversários eram Márcio Braga, Castor de Andrade, Luisinho Drumond, Vicente Matheus, para ficar apenas com os mais conhecidos, o jeito Eurico de ser dava certo. Ele era o mestre no clã da truculência e arrogância, ganhava no grito e se precisasse na força.

Na parte administrativa é inegável que sempre pagou as contas no Vascão. Mas o que poucos compreendem é que existe grande diferença entre "pagar contas" e "ganhar dinheiro e fazer contas". Eurico pagava as contas que Calçada autorizava, e Calçada fazia o dinheiro entrar nos cofres do Club. Quando Eurico concentrou todo esse poder em suas mãos, começou a derrocada do Gigante.

E Eurico também não entendeu que as coisas mudaram. O Vascão é uma marca atraente, dá retorno financeiro a seus patrocinadores, mas para isso necessita de seriedade no tratamento da Marca Vasco da Gama e das Marcas dos Patrocinadores. No fundo Eurico não respeita nem uma nem outra. Sem patrocinadores fortes não se faz futebol de ponta hoje em dia.

Eurico já disse que irá fazer tudo que já fez antes, ou seja, mostra que não aprendeu nada, mostra que não quer evoluir, e ainda acha que irá resolver tudo com força e truculência. Há quinze anos esse tipo de atitude já não tem mais a eficiência de antes. E cada vez tem menos eficiência.

Se Eurico fosse minimamente Vascaíno, deveria voltar a fazer aquilo que faz bem: pagar contas e bater na mesa, quando autorizado a isso. Deixe que outros ganhem o dinheiro e façam as contas.

Aproveitem o texto do GB Otávio Gomes. Ele diz que é tudo verdade, Eu não tenho conhecimento de pormenores da vida de Eurico para afirmar que sim nem que não, mas algumas coisas são suficientemente públicas para se confirmarem com uma simples busca na internet, como o caso do patrocínio da Ace (Proctor&Gamble) e SBT.




Tudo isso é verdade
Associado vascaíno,
A eleição desta terça-feira servirá para definir o futuro do nosso CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA. Quando falamos de futuro, não estamos nos referindo apenas ao próximo triênio, mas a existência de nosso clube para sempre. A ameaça de o VASCO sumir do mapa esportivo é evidente e tem um nome: Eurico Miranda.
Presidente do Vasco entre 2001 e 2008, época em que ganhamos apenas um Campeonato Carioca, Eurico quer voltar para o que mais ama. E o que ele ama não é dirigir o nosso clube. É a chave do cofre vascaíno. Para fazer o que fez em suas passagens como presidente e vice-presidente, a partir do momento em que conseguiu poderes para isso: administrar os recursos como se fossem seus, causando enorme prejuízo para nossa maior paixão, o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA.

Eurico vive de sugar o VASCO desde 1965, quando conseguiu o emprego de supervisor de cadastros. O que poderia ter sido uma vida de dedicados serviços ao VASCO tornou-se uma vida dedicada a se servir do VASCO. Quatro anos depois de entrar com carteira assinada, Eurico já se tornara vice-presidente de Patrimônio na ruinosa gestão de Reinaldo de Matos Reis, presidente vascaíno retirado do cargo por incompetência. Na sua sanha por poder e de olho em como chegar aos cofres vascaínos, Eurico chegou ao cúmulo de cortar a luz do clube em uma assembleia. Mesmo assim, não impediu a queda de seu aliado.
Defenestrado da vida política vascaína, Eurico afastou-se um tempo do VASCO (cuja camisa ele nunca apareceu ostentando em público, diga-se de passagem), durante a gestão de Agathyrno da Silva Gomes. Mas soube se aproximar do grupo de notáveis que fundou a União Vascaína, em 1979, que tinha abnegados como Antônio Soares Calçada, Pedro Valente, Alberto Pires Ribeiro e Olavo Monteiro de Carvalho. Aproximou-se especialmente deste último, um discreto homem que representa uma família de grandes empresários e, por isso, alvo de sua cobiça pelo que realmente interessa – o dinheiro alheio.
Assim, em 1979, quando a União Vascaína venceu as eleições, lá estava Eurico. Na época, era pouco mais que um estafeta de luxo do grupo. Virou representante do VASCO na federação e acabou ganhando importância. Três anos depois, traiu os que dizia seguir cegamente, candidatando-se em separado, mas foi fragorosamente derrotado por Antônio Soares Calçada. Derrota que se repetiu em 1986.
E eis que Eurico, vejam só, compôs com Calçada e tornou-se seu vice de futebol. À época, já tinha conseguido seu primeiro intento: um grande emprego no Grupo Monteiro Aranha, de Olavo Monteiro de Carvalho. Era o gerente geral da Besouro Veículos, uma potência em termos de concessionária de automóveis. Mesmo controlado de perto pelo diretor-geral Domiciano Sá, um homem dedicado à Monteiro Aranha S.A., Eurico usava a empresa a seu bel prazer com a ajuda de alguns empregados. Fazia da locadora de automóveis um balcão de negócios seus, emprestando carros sem custo a jogadores, cartolas, membros da federação e jornalistas que lambiam suas botas.
O pior ele fez com o consórcio da empresa, a maior revenda da Volkswagen no Rio de Janeiro nos anos 80. Deixou quase 300 consorciados sem seus carros, um prejuízo milionário, e causou fissuras na relação entre a Monteiro Aranha e a montadora alemã, sócias no Brasil. A empresa, de forma honesta, indenizou os prejudicados. Eurico, que gostava de bancar o fiscal até da quantidade de comida que os empregados da Besouro se serviam no refeitório, acabou demitido. E levou com ele um dos funcionários, o motorista Sérgio Luiz de Souza Santos, o “Sérgio Rolha”, que mais tarde teria papel fundamental para desnudar quem é Eurico, ao processá-lo na Justiça Trabalhista e revelar que foi lotado como funcionário fantasma no gabinete de Eurico na Câmara dos Deputados, em Brasília, até que este perdeu as eleições de 2002. O ex-presidente vascaíno foi condenado a devolver mais de R$ 338 mil ao erário por colocar um empregado doméstico para ser pago por todos os brasileiros. Pior: entre 2002 e 2006, “Sérgio Rolha” passou a ser pago com cheques emitidos pelo VASCO. Ou seja, com o dinheiro do nosso clube.
Sem emprego na Besouro e ainda sem o mandato de deputado que conquistaria mais tarde, Eurico voltou sua bateria para os cofres vascaínos. Mas Calçada o impedia de arruinar o clube. Só que uma trapaça do destino o ajudou a pilhar o VASCO. Em 1994, o craque Dener foi emprestado pela Portuguesa de Desportos para o Campeonato Carioca. Ao VASCO, cabia fazer um seguro de vida. Eurico, vergonhosamente, negligenciou esta obrigação do contrato – isso sendo advogado de formação e se auto-intitulando como um administrador de futebol. Em maio de 1994, um trágico acidente de carro na Lagoa tirou a vida de Dener e decidiu os destinos das finanças vascaínas.
Sem o seguro, a Portuguesa e a esposa de Dener acionaram o Vasco em busca da justa reparação. O processo arrastou-se por alguns anos. Neste tempo, com a administração Calçada tomando conta dos cofres, o Vasco progredia e acabou, em 1998, ganhando a Libertadores da América em seu centenário – título que Eurico tenta se apropriar como “dele” até hoje, mas que é de Calçada. Na mesma época, o clube conquistou o maior contrato de patrocínio e licenciamento de marca do País, com o Nations Bank/Bank of America. Uma soma tão impressionante de dinheiro que seria capaz de nos levar ao topo do futebol mundial por anos.
Porém, logo no começo dos repasses, o VASCO perdeu a briga judicial pela indenização sobre a morte de Dener e teve algumas de suas contas bloqueadas. Em vez de expor o prejuízo que causou e honrar a dívida, orientou o patrocinador a depositar dinheiro em contas de terceiros e a deixar mais de R$ 12 milhões em Bahamas, um paraíso fiscal, à disposição sabe-se lá de quem (ou sabemos de quem...). Uma das contas usadas no Brasil foi a de um humilde funcionário, que recebeu mais de R$ 13,5 milhões, soma ainda mais absurda se considerarmos a época em que isso foi feito, entre 1996 e 2000. Da conta do funcionário partiram cheques para empresas de Eurico, para pagamentos de suas contas pessoais e até para sua campanha de reeleição a deputado federal. Gráficas, cabos eleitorais, cartões de crédito com despesas de supermercados e restaurantes a até os bancos de couro de uma Pajero foram pagos com estes recursos. DINHEIRO DO VASCO.

Eurico exauriu o clube. Mas não fez apenas isso. Como era uma figura odiada por muita gente de bem, passou a colocar-se como uma espécie de defensor do VASCO, quando, em verdade, usava o VASCO para se defender. Atacado por todos, chegou ao ápice de mau administrador na final do Campeonato Brasileiro de 2000 – Copa João Havelange. Depois de teimar em jogar em São Januário, o superlotou de forma criminosa, mesmo podendo atuar no Maracanã, que sempre foi a nossa segunda casa, lotada pelos vascaínos em todas as oportunidades. Eurico quase provoca uma tragédia de proporções inimagináveis – mas foi salvo por Nossa Senhora das Vitórias, que estendeu seu manto em nosso clube, evitando mortes em nosso estádio.

Responsabilizado pela opinião pública, especialmente pela Rede Globo de Televisão, pelos incidentes em São Januário, Eurico agiu como se pudesse ser dono do VASCO. Com a decisão adiada e com a final marcada para o Maracanã, como mandava o bom senso desde o começo, ele resolveu vilipendiar de vez nossa camisa. Na finalíssima daquele brasileiro, sem comunicar a ninguém, trocou a marca do sabão em pó Ace, que era da nossa patrocinadora Procter & Gamble, pela do SBT, sem cobrar um tostão por isso. Rasgou um contrato em vigor e nada ganhamos, a não ser a ira da Globo, que parou de pagar antecipadamente as cotas de TV. Levamos o Brasileirão de 2000. Perdemos a credibilidade, assim como ocorreu quando ele foi “assaltado” com a renda de um clássico no porta-malas, caso nunca muito bem esclarecido – em outro prejuízo que Eurico jamais indenizou o VASCO.
A consequência da molecagem com a Procter & Gamble e com a Globo – colocar o símbolo do SBT gratuitamente foi uma forma de afrontar quem pagava pelas transmissões de futebol – mostrou-se ruinosa. Perdemos credibilidade. Patrocinadores sumiram. Empresas de material esportivo encerravam seus contratos e não queriam renovar com o VASCO – afinal, anos antes, ele tinha rescindido unilateralmente com a Penalty, em outra decisão que nos deixou, mais tarde, com uma banana nas mãos. Nossa camisa virou uma piada no mercado. Durante anos permaneceu sem um patrocinador máster e com a marca VG, pois ninguém nos queria.
Enquanto Eurico permaneceu na presidência do VASCO, o clube foi afundando aos poucos. Sem dinheiro, ele alegava que o clube estava em “asfixia financeira”. Pudera. A Globo não adiantava dinheiro para um inimigo. As marcas temiam uma nova “homenagem”. As fornecedoras de material esportivo não nos queriam. E sobravam desastres, como goleadas para Baraúnas, XV de Campo Bom e até um vexatório 7 x 2 para o Atlético-PR. Sem apoio, Eurico enfraqueceu o VASCO e, como os ditadores, acabou caindo de podre.
Mas antes de cair, fez questão de terminar sua obra, deixando o VASCO com um time aquém de sua história para o Brasileiro de 2008. Já antevendo o resultado de seus planos maquiavélicos, nem se candidatou à reeleição quando o pleito fraudulento que comandara em 2007 foi anulado pela Justiça – outra vergonha para os vascaínos. Vendeu a promessa Phillipe Coutinho (astro no Liverpool) por uma ninharia e deixou o clube arruinado financeiramente, sem plantel de porte – exceto Edmundo, uma estrela solitária e lutadora. O VASCO foi rebaixado, mas isso não importava para ele. Não foi na sua “administração”.
A partir daí, manobrou o quanto pôde nos bastidores para evitar novas conquistas vascaínas – e quanto deve ter doído nele a conquista da Copa do Brasil de 2011... Mas nem precisava muito, já que o clube estava milionariamente endividado por sua gestão. Ações de patrocinadores, de fornecedores e de atletas (alguns de esportes que nunca fizeram parte da tradição vascaína) pipocavam toda hora. Sem contar as “confissões de dívida” em papel de pão e as cláusulas rescisórias assinadas no apagar das luzes de sua desastrosa gestão. A verdadeira asfixia financeira viria anos depois. Pelo endividamento que Eurico causou.
Hoje, Eurico não tem mais o mesmo patrimônio pessoal que ostentava quando dirigia o Vasco (construído, alipas, quando dirigia o VASCO, mesmo sem trabalhar), que incluíam uma cobertura em Laranjeiras e casas nas valorizadas Angra dos Reis e Boca Ratón (nome significativo...). Mora de favor em um apartamento na Barra.
Eurico deve R$ 3 milhões ao VASCO, em condenação que não cumpriu até hoje. Nunca pagou, e nem pretende pagar.
Eurico usou o dinheiro do VASCO para pagar suas despesas pessoais e até os bancos de couro de seu carro.
Eurico nos fez perder de 7 x 2 para o Atlético-PR, ser goleado por timecos, perder finais para o nosso maior rival, em sucessivas humilhações.
Eurico elegeu-se deputado federal às custas dos vascaínos, nada fez pelo clube e ainda colocou um funcionário fantasma em seu gabinete e depois usou cheques do VASCO para pagá-lo.
Eurico atrapalhou o VASCO o quanto pôde desde 2008.
E, hoje, Eurico ameaça voltar, contando com o apoio de grupos violentos, que ameaçam de morte a quem diverge dele, tirando a paz e a serenidade do nosso clube.
O que Eurico quer é completar seu trabalho de fazer o butim no que resta da Caravela Vascaína.
O VASCO está endividado e combalido, mas ainda tem um excepcional patrimônio. Temos o nosso estádio, as nossas sedes em locais privilegiados, como o Calabouço e a Lagoa, nosso terreno em Caxias, enfim, temos algo que custou dinheiro a milhões de vascaínos ao longo dos últimos 116 anos e que, se caírem em mãos erradas (as dele), serão completamente dilapidados em apenas três anos.
O risco de chegarmos em 2018 sem nada é imenso. Basta eleger Eurico. Aí não teremos nem mais um VASCO para torcer futuramente.
Estamos na reta final do processo eleitoral fundamental em nosso clube e as eleições podem levar o nosso VASCO DA GAMA a dois caminhos: a salvação ou ao caos. Essa decisão depende de você, sócio vascaíno.
Várias chapas se apresentaram para o pleito e, na reta final, vão disputar, de forma efetiva, o comando do clube nos próximos três anos. Temos o caminho da reconstrução do VASCO, com a união de jovens e experientes empresários, todos de perfil dinâmico e de grande credibilidade no mercado. Ou a volta a um passado de desrespeito com as finanças do clube, com os patrocinadores e com o patrimônio de nosso VASCO DA GAMA.
A decisão é sua.
Pense, reflita e escolha.
Dê um não à volta de Eurico Miranda e sua patota ao nosso VASCO.

Saudações Vascaínas!

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