E o Vasco emplacou sua 4ª vitória seguida ontem no São Januário. A vitória foi difícil (eu falei que o Operário era carne de pescoço), mas foi conquistada com muita disposição e luta da Equipe, e se tem algo que difere essa Equipe para a do ano passado é isso. Disposição, vontade, luta, essa tem e aquela não tinha. E essa diferença é suficiente para ter levado esse Time às semifinais do Estadual, e a estar fazendo uma boa campanha na Série B, lembrando que boa campanha aqui é subir sem sustos, e no momento é isso o que está acontecendo.
E como eu disse, jogo complicado. Nos primeiros 10min parecia que o Vasco iria fazer um grande jogo. Maurício subiu a marcação, o Operário não conseguia sair jogando, e o Gigante parecia muito perto do 1º gol. Mas o Time começou a mostrar sinais do desgaste, e diminuiu um pouco o ritmo, o Operário começou a conseguir saídas, que acabavam por se tornar perigosas. Só que o Vasco não estava morto, e o jogo foi relativamente equilibrado, embora o Operário tenha tido ao menos 1 oportunidade mais clara que o Vasco. O Cruzmaltino não foi brilhante, mas o time paranaense também não, ainda que tenha sido um jogo corrido e movimentado.
Só que no 2º tempo a coisa piorou muito, e logo no início o Operário foi pra cima e meteu uma bola no travessão, além de outras bolas perigosas que cruzaram a área Vascaína. A partir dos 6min o Vasco se encontrou um pouco, e pelo menos tentava assustar nos contra-ataques, mas pecava muito no último passe (problema crônico dos últimos Times). Mas o Operário era melhor, e suas chegadas eram mais perigosas. Isso até os 25min, quando os paranaenses começaram a mostrar cansaço, e o Vasco começou a crescer. O Operário não chegava mais, e o Vasco rondava a área, mas não chegava com real perigo. Aos 34min o Vasco chegou ao 1º gol. Nenê cobrou escanteio e a bola voltou pra ele, que cruzou de novo, na cabeça de Quintero, que desviou tirando completamente do goleiro. Depois disso só deu Vasco, e o segundo veio de um pênalti claríssimo no VAR. O zagueiro ia perder a bola para Raniel, mas a puxou com o braço, e dentro da área é pênalti. Nenê cobrou bem e ampliou. No final Palacios ainda cobrou falta com maestria, a la Juninho Pernambucano, e fechou a conta.
Apesar da vitória expressiva o Time não se portou tão bem assim. O Operário foi mais perigoso durante praticamente todo o 1ºT e parte do 2ºT, e poderia ter saído na frente. A diferença foi a sorte e foi também a maior capacidade técnica das peças a disposição de Maurício Souza. Dizer que a culpa pela apresentação abaixo do esperado é do técnico não condiz à verdade. 1º porque ele acabou de chegar, e 2º porque as alterações que ele promoveu deram quase todas certo, e o Time cresceu nesses pontos. A marcação alta melhorou consideravelmente, a presença de Nenê e Palacios juntos deram mais qualidade ao Time e até a defesa está melhor postada, mas algumas peças são muito fracas e deixam muito a desejar, e o Vasco precisa de pelo menos 2 reforços pontuais, ainda para essa Série B - falo sobre isso amanhã. Então o que vimos de ruim foi o que já tínhamos visto durante o período de Zé Ricardo também.
Só que como eu já tinha dito, esse ano a sorte nos acompanha, e mesmo quando vemos falhas a bola não nos pune, e quando pode punir, não falhamos. Essa combinação é fundamental para qualquer time vencedor, qualquer um que atinge seus objetivos no futebol. O Vasco não é diferente.
Saudações Vascaínas!
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