A situação em que o Vascão se
encontra hoje é, no mínimo, inadequada. Mas ela não afeta apenas o
posicionamento da Equipe na tabela de classificação do Brasileirão – a competição
mais importante que o Gigante disputou esse ano -, mas afeta mesmo o planejamento
do Clube para o ano que vem.
Isso se deve ao simples fato de
que, não sabendo aonde atuará no ano da Copa do Mundo, o Clube não tem como
projetar receitas, despesas, enfim, montar seu orçamento do departamento de
futebol. Leve-se em conta que o departamento de futebol de um clube de ponta
como o Vascão é um dos que tem maior possibilidade de gerar receitas, mas
também de consumi-las, isso se não for o mais dispendioso dos departamentos do
clube, e vemos a desorganização e indefinição financeira consumada.
Com tal situação instalada na
Colina, o planejamento da equipe, negociações para renovação de contratos,
contratações de atletas e técnico, viagens, etc., tudo fica atrasado. E
logicamente a preparação da própria Equipe também.
Isso é o que a diretoria tem tentado passar como verdade, mas isso está longe de ser real.
A verdade é que existe grande possibilidade de
que tenhamos outro ano tão complicado quanto 2013, em que nossa equipe só foi
realmente definida, já bem entrado o segundo semestre. E vejam bem, definida,
mas não adequada, haja vista a campanha desastrosa que apresentamos no
Brasileirão.
Que a diretoria tome uma decisão
minimamente sensata. Sabemos que o Vascão não tem Time, que a maior parte
desses atletas é,emprestada e tem seus contratos se encerrando no final do ano.
Comecem então a planejar, porque não há muita dificuldade também em saber que a
maioria deles serve apenas para compor elenco de um Clube com a grandeza do
Vascão. Pensem naqueles que servem para isso e comecem a ver suas renovações, a
prorrogação de seus empréstimos, suas aquisições em definitivo – caso de Willie,
por exemplo.
Outros não servem nem para compor
o elenco do Vascão, e já podem ser dispensados tão logo termine o Brasileiro,
independentemente da divisão que iremos disputar. Algumas posições são tão
carentes que já podemos ir pensando em nomes, porque teremos que contratar
alguém.
Com essas medidas simples já poderíamos
ter uma espinha dorsal da equipe do próximo ano, nomes de possíveis reforços e uma prévia de orçamento
Assim fazemos o orçamento para
permanecer na série A, iniciamos até mesmo contatos para contratações, até
porque sabemos o difícil que tem sido para o Vascão contratar nos últimos
tempos, mas só fechamos com os atletas após definida nossa situação, até porque
isso irá influencia na qualidade dos boleiros contratados, e nos valores envolvidos
nas transações.
A se permanecer na série A,
contratamos uns 3 ou 4 jogadores melhores, e que possam elevar o nível técnico
da equipe. A cair, esses 3 ou 4 jogadores podem não ser tão bons, mas ainda
assim serão necessários para dar mais opções ao técnico que estiver no comando
do Vascão à época.
Como já está implícito na própria
palavra, orçamento é uma previsão, que será ou não cumprida, de acordo com o
desenrolar dos fatos. A indefinição de divisão, ou a situação delicada em que o
Clube se encontra no momento, não são desculpas plausíveis para a não apresentação
de um planejamento para o próximo ano.
Mais uma vez podemos dizer que
essa diretoria é no mínimo incompetente. Onde estão os dirigentes profissionais
prometidos em campanha? Onde está a técnica empresarial a ser aplicada no
Clube, que não consegue fazer um orçamento anual – por mais complexo que ele
seja?
Tá feia a coisa na Colina. A continuar assim teremos ainda muitas surpresas desagradáveis até o final dessa gestão; de longe a pior que já vi instalada em São Januário.
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