O Vascão voltou a campo ontem, na segunda partida da maratona de 3 jogos seguidos contra a ponte preta, só que dessa vez pelo Brasileiro da Série B, e mais uma vez decepcionou. Na partida da última quarta-feira havia vencido, mas mais uma vez não havia convencido ninguém. Ontem, apenas confirmou as deficiências de um esquema e de uma visão de jogo limitados e limitantes.
Num esquema que é voltado antes de tudo para não perder, e depois, mas só muito depois, se possível vencer, o Time tem uma enorme dependência do instável e inconstante Douglas, que alterna muito mais, maus momentos do que bons, e vive praticamente de bolas paradas.
A falta de um centroavante fixo não é problema, mas a ausência de gente para criar é. Jogar com 3 volantes é muito limitante, e Douglas, que já tem inúmeras deficiências, fica sem ter com quem dialogar.
Ah, mas ele libera o Fabrício (ou Pedro Ken, quando esse joga) para armar o jogo. Não! Isso é mentira. Tanto Fabrício quanto Pedro Ken jogam chegando de trás, e rendem bem dessa forma. Pedro ainda joga um pouco mais adiantado, mas não tem a velocidade e a criatividade para jogar nessa função. O resultado é um time que não tem criatividade e vive dos lampejos (cada vez mais raros) de Douglas.
Adilson tem Montoya, Lucas Crispim e Dakson no banco. Todos são jogadores técnicos e criativos, todos em condições de dar auxiliar Douglas na armação e todos em condições de ajudar no ataque. A escalação desses atletas daria muito mais poder de fogo ao Time, e sem descuidar da defesa.
Mas Adilson insiste no discurso tacanho e ultrapassado de que não tem perdido. Mas também não tem vencido, e isso no futebol moderno é mortal. A diferença entre ganha 3 pts ou 1 pt é enorme, abissal. O empate significa que você tem que jogar 3 vezes, para alcançar os pts que outro time conquistou com 1 única vitória. É muita coisa.
Como já disse várias vezes, o Vascão não tem o melhor elenco do país, mas está ali, entre os 5 ou 6 melhores da Série A. Com um bom esquema tático poderia até mesmo brigar por uma vaga na Libertadores. Mas para isso é preciso ter coragem para vencer, não apenas ficar falando que quer vencer...
Para fechar o jogo de ontem, o Vascão teve, a rigor, 3 oportunidades de gol. Um chute (Fabrício) de fora da área, uma cabeçada (Aranda), um chute (Fabrício) da entrada da área, pelo lado esquerdo de ataque, e uma cabeçada (Douglas Silva), que Roberto fez grande defesa. Só.
A ponte, ao contrário, obrigou Martín Silva a fazer ao menos 3 boas defesas (uma sensacional), meteu uma bola na trave e ainda rondou a área com muito mais perigo que nós. O vídeo que encontramos com os melhores momentos do jogo, não mostrou todos os lances de perigo.
A rápida análise acima mostra que o Time foi ineficiente no ataque e na defesa. Muito pouco para esse elenco, e menos ainda para quem quer subir para a Série A.
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