Foi anunciado no final da semana
passada o nome de Julio Brant para a presidência do Vascão. Ela vem com o apoio
de Edmundo, que há pouco tempo registrou a chapa “Sempre Vasco”, e Leonardo
Gonçalves, líder da Cruzada Vascaína, e que havia registrado a chapa “É Vasco”
junto com o pessoal do grupo “Pró-Vasco”. Ressaltamos aqui que o grupo
“Pró-Vasco” não participa desse acordo político, tendo optado por apoiar
Roberto Monteiro.
E Julio Brant aparentemente seria
uma ótima opção, pois é um administrador jovem, bem sucedido, bem relacionado,
que se uniria ao carisma e disposição de Edmundo, além das boas ideias do grupo
“Cruzada Vascaína”. Se daria certo é outra história. Mas isso só saberíamos se
Julio vencesse as eleições Vascaínas, o que achamos muito difícil, devido o
fato de que o lançamento de sua candidatura foi feito muito próximo ao pleito,
o que deixa muito pouco tempo para campanha e divulgação da candidatura.
E Julio Brant também deveria dar
a cara para mostrar a que veio. Apareça nos programas Vascaínos, diga o que
pretende fazer, de onde pretende tirar recursos e como pretende lidar com os
problemas mais sérios dos muitos problemas que o Vascão tem, como a dilapidação
do patrimônio, o jejum de títulos e a dívida imensa.
Além das dificuldades mostradas
acima, os Vascaínos parecem estar anestesiados pela situação do Club, e tentam
resgatar um passado relativamente de glórias, através da única figura que eles
ligam àquela época, Eurico Miranda.
Eurico tem suas qualidades, como
saber armar um bom time (com dinheiro eu também armo), defende o Vasco acima de
tudo, e se movimenta bem nos bastidores do futebol.
Mas o que os Vascaínos não
conseguem enxergar é que o Eurico de hoje não é o de 20-30 anos atrás. Com 70
anos Eurico já dá sinais de cansaço, demorando em raciocinar, em articular
ideias, falando de forma bastante arrastada, já não tem o mesmo poder nos
bastidores, tendo deixado de ser protagonista para passar a ser uma espécie de
bucha de canhão dos atuais dirigentes mandatários. Ou seja, Eurico perdeu poder
no futebol, e muito.
Além disso, Eurico sofre uma
rejeição muito grande fora do Vascão. Não que nós precisemos ser queridos pelos
adversários, mas também não podemos sofrer rejeição de forma tão intensa como
Eurico sofre, porque não é apenas uma questão de adversários, mas de outras
partes da sociedade que convivem com o futebol também. Ninguém quer ter seus
nomes estreitamente ligados ao de Eurico.
Isso impede bons patrocínios, ou
seja, deverá haver um grande corte de recursos, isso também cria animosidade
maior dos meios de comunicação, o que denigre a imagem do Club, isso também
dificulta a defesa dos interesses do Club, pois por mais que Eurico o defenda,
a animosidade prévia que se levanta contra o Vascão fala muito alto.
Então é bom que o Vascaíno pense
muito antes de votar, porque o remédio pode não ser eficaz, e ainda causar mais mal do que bem.
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