segunda-feira, 28 de julho de 2014

Blog do Vascão Eterno e Edmundo expressam a mesma visão

 Edmundo - Foto da Internet

Ao longo do tempo em que estamos no ar temos tido muito cuidado ao criticar Eurico Miranda, e mesmo Carlos Roberto. Primeiro porque é muito fácil atacar àqueles que estão no poder, ou já passaram por ele, afinal, não há quem não cometa erros. Os que jamais passaram pelo poder, ao contrário, estão sempre cheios de ideias e, principalmente, não cometeram erros, assim têm muito pouco com que serem atacados.

Eurico Miranda obviamente está no primeiro caso, daqueles que passaram pelo poder, que cometeram erros e acertos, e que são facilmente atacados.

Mas isso é acima de tudo covardia. Pessoalmente acho que hoje, Eurico não tem condições de presidir o Vascão. Primeiro porque se recusa a aprender, a se modernizar. A questão não é se ele usa ou não computadores, ou se está antenado com modernas práticas administrativas. Para todas essas coisas Eurico pode ter assessores, que irão ajuda-lo a desempenhar suas funções

Os problemas que vejo em Eurico são de postura e poder.  No primeiro caso é uma resistência cega e pouco inteligente a implantar modernos métodos administrativos no Club, como se tais coisas fossem maléficas à Instituição Vasco da Gama. Também se traduz no trato com a mídia e parceiros comerciais. De forma alguma podemos ter um comportamento passivo e omisso (como a atual diretoria), mas também não podemos ter um comportamento agressivo e truculento, como Eurico cansou de demonstrar, criando inúmeros atritos, e de quebra uma enorme antipatia do mercado a ele, Eurico, e por tabela ao Vascão.

Na outra ponta dessa história temos a questão do poder no futebol. Eurico sempre teve muita força nos bastidores, o que o levou a representar os interesses do Vascão com muita eficiência durante uns 15 anos. Mas as relações conturbadas que comentamos acima levaram Eurico a perder força nos bastidores também, afinal de contas, ninguém quer se indispor com a mídia e patrocinadores para beneficiar Eurico Miranda. Juntando isso a uma idade avançada, e uma nítida queda em seu poder e velocidade de raciocínio e mesmo em se articular para defender suas posições, Eurico hoje parece ter perdido o que tinha de bom, sem ter consertado o que tinha de ruim.

Mas isso não significa que não devamos respeitá-lo. Ele fez muito pelo Vascão, e poderia continuar fazendo, desde que se dispusesse a ajudar alguém mais novo, que venha com novas ideias, e que não enfrente tanta oposição.

Eurico foi importante em uma época que se formavam times com o dinheiro de “sócios de ouro”, e das rendas dos jogos. Em que enfrentava figuras que se utilizavam das mesmas e parecidas táticas que ele. Hoje a coisa mudou.

E é por isso que acredito que Eurico não será solução para os problemas da Colina. Ao contrário, acredito que ele possa mesmo agravá-los.

O Vascão precisa de gente nova (não necessariamente jovem), com ideias novas e que enfrente menos oposição. Gente que defenda o Vascão com inteligência, e não com truculência, gente que abra portas, não as feche.

Pode dar certo ou não, isso só o futuro dirá. Mas o antigo com certeza não dará certo, o próprio passado já cuidou de deixar isso claro.

Quem quiser ler a entrevista completa de Edmundo, é só clicar aqui.



“Você sempre se deu bem com Eurico, que hoje é candidato a voltar a presidir o Vasco. Houve tentativa de apoio ou aproximação nesse sentido nessas eleições?

Continuo me dando muito bem com ele. Gosto muito do Eurico. Ele teve papel fundamental e muito importante na história do Vasco. Mas a gente entende que a solução do futebol brasileiro, não só do Vasco, passa por reformulação total, de ideias novas, de projetos. Não adianta pensar nas soluções de antigamente. Os clubes já viveram do dinheiro da renda de jogos. Hoje isso é impossível. (O clube) vivia (do dinheiro) da TV, hoje também é impossível. Tem que trabalhar marketing, tem a venda de jogador, claro, mas tem sócio-torcedor, um emaranhado de recursos que são necessários para tocar o clube. Isso requer delegar poderes, com cada um na sua área, fazer centro de custo para que todos façam captação boa e tragam dinheiro para os clubes.

Hoje, os salários são astronômicos e a conta não fecha. Doutor Eurico é uma pessoa maravilhosa, sabe para caramba de futebol, de Vasco, mas divergimos em algumas coisas. Ele não acredita em marketing, em sócio-torcedor, acha que o Vasco tem melhor estádio do mundo, mas não é verdade. São Januário precisa de reforma, de estruturação. Hoje o público é mais exigente. Nas conversas que tive com ele, vimos que temos ideias diferentes, até pela minha idade, pelo que estudei, pelo que vi. Ele pensa diferente. Por isso conheci outras pessoas que têm cabeça parecida com a minha e acabamos formando esse grupo.”


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