A primeira e mais urgente é, porque esse Time não consegue engrenar? Ontem, 19/07, tinha tudo para isso. Time entrou em campo completo, retorno a São Januário, estreia de Kléber Gladiador (que para mim não é essa bola toda) diante da Nação, que por sinal correspondeu e lotou, transformando em Caldeirão mesmo, teve tempo de treinar, vinha de um bom resultado (não boa apresentação), abriu o placar numa bela cobrança de falta, mas... sim, porque sempre tem um “mas”, nesse Time de Adilson Batista.
E o “mas” de ontem parece ter sido a primeira (e péssima) substituição de Adilson. Tudo bem, Pedro Ken se machucou, e vinha fazendo boa partida dentro de suas características, mas para essa posição, nenhum dos outros volantes tem o “jeito”. Então não adianta liberar Fabrício, porque ele não sabe jogar mais adiantado. Para isso deveria ter entrado com Dakson, ou Lucas Crispim mesmo, muito mais criativos e poderia ter matado o jogo ainda no primeiro tempo. Mas a substituição de Adilson não foi conservadora, foi covarde mesmo.
No segundo tempo se consertou, mas aí já era tarde, já tínhamos tomado o empate, o Time já estava se desesperando, e mesmo Dakson, quando entrou, já teve pouco tempo para tentar mudar alguma coisa. Mesmo assim perdemos algumas chances claríssimas de sairmos com a vitória. Dias melhores virão.
Agora algumas observações sobre o jogo de ontem, e outras que venho fazendo há algum tempo. Primeiro nossa defesa, que se continua sendo a menos vazada do torneio, vem fazendo de tudo para deixar de ser. Espaços em demasia, mesmo com a volta de Guiñazu, mas principalmente erros primários na saída de bola. Temos perdido muitas bolas ainda em nossa intermediária, e isso pode ser mortal.
Segunda observação é Douglas. Ele tem sido sempre importante na bola parada, mas com ela rolando é cada vez mais decepcionante. Não admira que tenha sido barrado no corínthians. Erra muitos passes, inventa, complica jogadas simples. Claro que às vezes acerta, mas não sei se compensa a quantidade de erros que comete. De qualquer forma acho que precisa de alguém mais criativo para jogar a seu lado, Lucas Crispim, Montoya ou Dakson. Dou preferência ao terceiro.
Terceira é que o Time melhorou taticamente. Ok, longe de ser perfeito, mas melhorou sim. Principalmente em relação ao ataque. Com dois atacantes que se movimentam, os espaços têm aparecido, só falta saber aproveitá-los melhor. No ataque o time também tem jogado mais compacto, mas sem estar embolado. Como disse, falta saber aproveitar melhor os espaços que estão sendo criados.
O quarto é a Lateral Direita. Tanto André Rocha quanto Carlos Cesar são fracos. O primeiro é um zagueiro limitado que deslocaram para a LD. Lento, desajeitado, e até por isso se segura mais na defesa. Mesmo assim perde constantemente na velocidade, e também é driblado com muita facilidade. De mérito ele é muito esforçado, e joga sério o tempo todo. Carlos Cesar não é tão lento, mas deixa muitos espaços, e no ataque é atabalhoado. Pensa que joga muito, e exagera nas jogadas individuais, além de cruzar muito, mas muito mal mesmo.
Eduardo Aranda. O fato de Aranda ter feito uma boa Libertadorea ano passado pode ter sido um daqueles casos em que jogadores fracos passam um período jogando bem. Mas seja como for, ele não tem aparecido bem no meio (salvo raras oportunidades), mas mostra potencial para fazer mais do que tem feito. E isso fica claro quando é deslocado para a LD. Longe de ser brilhante, faz as melhores apresentações dele, e mesmo do que dos nossos Laterais Direitos, quando está deslocado nessa posição. Faz bons cruzamentos, chuta bem, e ainda distribui bem o jogo, quando está como LD. Porque não testá-lo mais nessa posição?
Bem, o Vasco agora vai a Campinas, e fica lá a semana inteira, pois jogo nos dias 23 e 26 contra a ponte preta. Ótima oportunidade para se recuperar e mostrar que o empate de ontem foi apenas um tropeço nesse percurso. Temos Time para vencer a ponte duas vezes seguidas. É só botar a cabeça no lugar e não inventar.
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