domingo, 22 de dezembro de 2013

Galo fora do Horto é Pinto frouxo; Bayer sobrou e brincou

O Mundial de Clubes da FIFA, que terminou ontem, apenas nos trouxe algumas constatações daquilo que já sabíamos. A primeira e mais nítida para o mundo inteiro é que esse formato, com representantes de todas as federações continentais do mundo, pode ser um pouco mais “charmoso”, mas de forma alguma melhora o nível técnico do torneio. Tal sensação fica claríssima no fato de os europeus não darem muita bola para esse mundial, muitas vezes enviando equipes mistas para disputa-lo.

Outro fato foi que o Galo só canta em seu terreiro do Horto, porque saiu dali a equipe cai de forma absurda e não passa de uma equipe mediana, virando presa fácil até para equipes bem mais fracas tecnicamente. Não vamos incluir os resultados do Brasileirão aqui, porque existe sempre a hipótese de que o time tenha se poupado para o Mundial do Marrocos. Mas os resultados na Libertadores  deram a dica, e o Mundial, torneio que a equipe mineira esperou ansiosamente vieram apenas comprovar isso. O lema da torcida deveria mudar para “saiu do Horto, tá morto”. E isso não é de agora não. O Brasileirão do ano passado foi perdido exatamente por esse motivo.

E no Marrocos o pinto mostrou a que não foi, e precisou de 4 tempos para estrear. Sim porque o pinto só entrou em campo no início do quarto tempo que disputou no Marrocos, e mesmo assim jogou por uns 15 minutos apenas, quando foi superior ao adversário e deu a impressão de que venceria com facilidade, porque no resto da partida houve nítido predomínio dos chineses, que perderam vários contra-ataques e não liquidaram o jogo no primeiro tempo por absoluta falta de qualidade.

E Ronaldinho? Bom Ronaldinho foi Ronaldinho. Não é de hoje que faz essas coisas, que se espalham por e mancham a brilhante carreira do boleiro brasileiro. Várias vezes, e desnecessariamente, Ronaldinho esqueceu a bola para dar cotoveladas, coices, tapas, e algumas vezes foi punido, embora na maioria das vezes tenha passado imune. Contra o Guangzhou Evergran mesmo já tinha deixado uma mão desnecessária na cara do marcador, que o juiz preferiu ignorar. O coice dado no defensor adversário foi desnecessário e completamente fora de lugar. O jogo era disputado de forma leal, e a falta do chinês não foi motivo de revide, e mesmo que fosse ele tinha que deixar que o árbitro decidisse por puni-lo ou não.

E no final o Bayern de Munique deve estar perguntando, porque o tiraram da Alemanha para ir ao Marrocos? Melhor e mais fácil seria se tivessem enviado a taça para Munique. Teria sido mais barato e teria poupado o time para partidas sérias.

Então, como não tinha adversário para enfrenta-lo o Bayern brincou contra os chineses, e depois contra o Raja Casablanca. No primeiro tempo da final, os alemães protagonizaram um ataque contra defesa, encurralaram os marroquinos e fizeram dois gols. Depois diminuíram o ritmo e ainda deram uma boa oportunidade para os locais fazerem seu golzinho, mas esta foi desperdiçada. No segundo ficou tocando a bola e esperando o tempo passar. Para dar mais emoção criou outra chance para os marroquinos, que foi novamente desperdiçada por estes. Em suma contra os marroquinos brincou tanto que criou duas boas chances para eles, que foram desperdiçadas por pura falta de qualidade técnica para arrematar de forma minimamente eficiente ao gol.

A verdade é que o futebol hoje está na Europa. O cúrinthians foi campeão em cima de um Chelsea que estava em reformulação, e mesmo assim foi amplamente dominado. O Chelsea cansou de perder gols e Cassio de fazer defesas milagrosas. A rigor o cúrinthians foi duas vezes ao ataque, e fez um gol. Parabéns aos gambás, porque jogo se ganha com bola na rede, mas isso criou uma ilusão de que os paulistas tinham um timaço. 2013 provou que não, e olha que se reforçaram bastante.

Nossos melhores atletas se encontram no velho continente, e de lá só retornam quando se encontram em franca decadência, ou quando não se adaptam ao estilo de vida, de treinos e cobranças, e ao profissionalismo que é cobrado de quem recebe salários altíssimos.

O futebol brasileiro tem que rever muita coisa para poder voltar a brilhar. A seleção brasileira hoje não representa nosso futebol, mas sim o futebol europeu, jogado por brasileiros. Durante essas férias o Blog do Vascão Eterno irá comentar uma série de fatores que poderão ajudar o futebol de nosso país a melhorar, e com isso nosso Vascão sobe junto.


Saudações Vascaínas!

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