quinta-feira, 15 de agosto de 2019

O imbróglio que envolve Talles Magno

Pouco tempo atrás o Vascão perdeu Talles Magno, porque este foi convocado para amistosos contra o Paraguai. Naquela oportunidade o talentoso e promissor menino da base Vascaína não era titular, embora estivesse sendo frequentemente relacionado para as partidas, e já começava a entrar no decorrer dos jogos. Mesmo assim não podíamos dizer que era uma grande perda para a Equipe Vascaína.

Não é o caso agora.

No pouco tempo decorrido desde os amistosos contra o Paraguai, o menino tornou-se titular, e vem sendo destaque no limitado Time do Vasco. Agora nova convocação para a disputa de dois amistosos contra o Chile. Mas agora Talles é titular do Time comandado por Luxemburgo, tem mostrado muita evolução nos últimos jogos, e virou, talvez, o melhor jogador da equipe, mesmo o elenco tendo alguns atletas muito mais experientes, e consagrados, como Fernando Miguel, Castan, ou Pikachu.

Aí o Vasco não liberou o atleta, e negocia com a CBF uma desconvocação para que Talles tenha condições de jogo para enfrentar o Flamengo.

Vamos ser curtos e grossos. O primeiro ponto é que a FIFA diz que não há obrigação de liberar o atleta, porque as partidas amistosas não serão em datas FIFA, e muito menos são para competições oficiais. 

Segundo ponto é que as regras da CBF obrigam a liberação, e com isso são conflitantes com a da FIFA. Certo, isso não é um arcabouço legal, e o conflito aqui não anula o da instância inferior, portanto o atleta só terá condições de jogo depois da liberação oficial pela CBF, o que não ocorrerá a tempo de o Vasco escalá-lo contra o Flamengo.

Com tudo isso podemos dizer 3 coisas importantes. A primeira é que o atleta vai evoluir muito mais treinando entre os profissionais do Vasco do que treinando e jogando na seleção Sub-17.

A segunda coisa é que se ele vai evoluir mais treinando entre os profissionais, imaginem o que ele não vai evoluir jogando entre os profissionais, e contra uma equipe qualificada como a do Flamengo. Isso significa que a seleção Sub-17 teria um jogador muito mais pronto e útil para disputar o Mundial para o qual se prepara.

A terceira é uma constatação. Na Europa esse tipo de polêmica não acontece, porque eles já entenderam que não há futebol forte sem clubes fortes. Não há seleção forte sem clubes fortes. Seleção é a festa do futebol, mas não há festa se as pessoas não aprendem a acompanhar futebol com os clubes, e para que se acompanhe futebol com os clubes é preciso que eles sejam fortalecidos.

No Brasil o processo é inverso, e quem deveria fortalecer os clubes os enfraquece, numa briga política patética, que apenas prejudica a todos, seja a curto, seja a longo prazo. Enquanto os clubes não se organizarem e tomarem as rédeas do futebol brasileiro esse processo não irá se reverter. Mas é difícil, porque sempre existe a quebra de unidade pela benesse de momento proporcionada a um ou outro clube.

Mas isso precisa ser feito. 

Enquanto não é feito, que não se libere o atleta, porque o Club precisa pensar em si, já que não há um pensamento comum, e como eu disse, o atleta ganha mais treinando entre os profissionais, do que jogando contra outros meninos.

Saudações Vascaínas!

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