segunda-feira, 23 de julho de 2018

Vitória da organização e superação

Ontem o Vascão venceu o Grêmio jogando em São Januário. Não foi um grande jogo no sentido de uma série de jogadas sensacionais, do lá e cá, da estratégia, do nó tático. Mas foi a vitória de um time absolutamente consciente do que fazia em campo, organizado, e extremamente ligado (aquilo que peço todo jogo e que raramente fazem) no jogo, que disputou cada bola com a vontade que só os vencedores têm. O outro time? Bem, o outro time era o atual campeão da Libertadores. 

Renato Gaúcho foi extremamente feliz ao dizer que seu time não merecia sequer empatar. Apesar de ter jogado mais de 70% do tempo com um jogador a mais, de o técnico ter tirado laterais e volantes para colocar seu time para frente, o Grêmio passou a maior parte do tempo rodando a bola de um lado para o outro, e levantando a bola na área do Vascão, num chuveirinho inútil. A rigor o Grêmio teve duas chances de empatar. A primeira ainda no primeiro tempo, e antes da expulsão de Henrique, quando a bola ficou num bate-rebate pela pequena área de Martin Silva, e Marcelo Oliveira acabou por chutar para fora. A outra em lance parecido, mas menos intenso, quando já no segundo tempo André concluiu para grande defesa de Martin Silva. Só.

O jogo começou sendo do Vascão. Aos 2 min fez 1x0 num gol que O Globo chamou de acidental, e eu chamo de golaço. O toque de Rios atravessou toda a pequena área, encobrindo Grohe e morrendo mansamente nas redes. E o Vasco continuou pressianando. Marcelo Ghohe fez ao menos 3 boas defesas, em chutes de Andrey e Pikachu. Aos 20 min o Grêmio criou seu bate-rebate na área.

Aos 31 min aquilo que mudaria o jogo; a expulsão injusta de Henrique após levar dois amarelos, o primeiro por cera, e o segundo por falta. Ninguém faz cera aos 25 min do primeiro tempo, com seu time ganhando e jogando melhor. Cabia ao juiz chamar a atenção do atleta, jamais o primeiro amarelo. Mas o jogo mudou em postura, mas não no controle. No primeiro tempo o Vascão realmente abdicou de atacar, e se defendeu com mestria, já que o Grêmio nada fez, e nem mesmo encurralou os Vascaínos. Renato Gaúcho tirou seu lateral amarelado e colocou um meia, Jorginho tirou Kelvin e colocou Thiago Gallardo, e isso fez toda a diferença.

No segundo tempo Renato Gaúcho colocou seu time ainda mais para frente, tirou seu outro lateral um volante e colocou o meia Douglas (aquele que esteve no Vasco). A mudança teve efeito na posse de bola, mas de forma alguma na efetividade. O Grêmio tentou alguns chutes de fora da área, e criou uma única situação real, que foi o chute de André. Já próximo ao final do jogo, Renato tirou um volante e colocou um atacante. O Grêmio foi para cima sem organização, mas o Vascão respondeu, e chegou com Gallardo e com Paulo Vitor. Enquanto isso os gaúchos levantavam bolas infrutíferas na área Vascaína.

Durante toda a partida o Vasco mostrou muita organização, muita aplicação, e suas peças estiveram atentas, algo que poucas vezes vimos esse ano. A vitória, ainda que não tenha sido brilhante, por um placar amplo, por uma enorme superioridade técnico-tática, foi uma vitória conquistada por muito suor, muita aplicação tática e muitos corações na arquibancada, que esteve junto com o time durante os 90 min.

A vitória levou o Vascão a equipe para a 9ª posição, e impediu que a distância para o G6 aumentasse, deixando a zona de classificação ao alcance.

E essa vitória pode ser considerada um grande prêmio, quando se comemoram os 20 anos de Juninho Monumental. Tanta dramaticidade em quanto como no Monumental há 2 décadas.

Agora o time volta suas atenções para a Copa Sulamericana, e viaja para Quito, no Equador, para a primeira partida contra o LDU. Jogo duro, principalmente pela altitude.

Saudações Vascaínas!





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