O Vasco foi atropelado ontem pelo Botafogo no Engenhão. Durante uns 30 min de jogo parecia uma equipe profissional contra um sub-15, tal a disparidade na força, velocidade, intensidade e compactação (características do futebol moderno) que as duas equipes apresentaram ao longo da partida. No fundo o 2x0 ficou barato para o Vasco, e não seria nada de injusto se o placar tivesse sido 3 ou 4 a zero para o time da Zona Sul.
E isso porque o Vasco teve 70% de posse de bola, o que mostra que esses "scouts" são muito interessantes, mas futebol é muito mais do que um amontoado de dados frios. O futebol precisa de análise além dos dados. O Botafogo dominou o jogo inteiro, com ou sem a bola. Quando tinha a bola era rápido, efetivo, e direcionado, e sem a bola não era ameaçado, tal a capacidade de posicionamento e recomposição que mostrou na defesa.
O Vasco foi a antítese do Botafogo. Lento, nada inspirado, e altamente dependente de jogadas individuais. Mas convenhamos que não temos atletas tão técnicos assim para basearmos nossa esperança em soluções individuais, como o toque de calcanhar que impediu nossa derrota contra o Náutico.
No fim a conclusão a que se chega é que o Vasco precisa muito de treino, ou de elenco, porque o futebol de hoje, mais do que nunca exige técnica, mas também exige dedicação, empenho e cumprimento de funções táticas.
A propósito, o Vasco não conseguiu contra-atacar o Botafogo em nenhum momento. Alguém vai querer me dizer que Leo Matos, Ernando, Castan e MT são mais lentos que Gilvan, Kanu, Guilherme e Barreto? Não são, mas a intensidade e compactação do time botafoguense e a lentidão e espaçamento dos vascaínos impedia contra-ataques ao Botafogo da mesma forma que também os propiciava contra o Vasco.
Muito a ser feito, e começo realmente a questionar se nosso problema é de quem senta no banco de reservas, ou de elenco, que embora técnico, tem se mostrado anacrônico na execução do jogo.
Saudações Vascaínas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário