quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Situação vexatória pede mobilização da Nação

O apequenamento do Vascão se iniciou quando Antonio Soares Calçada desistiu de outras reeleições e deixou o comando do Club totalmente nas mãos de Eurico Miranda. Foram várias trapalhadas, embora tenhamos conquistado alguns títulos, pois o time era muito bom. Mas não há time bom que resista a más administrações, e ele se desfez.

Desde então o Vascão só voltou a ter um time competitivo em 2011/12, quando ganhou a Copa do Brasil, foi vice-campeão Brasileiro e não ganhou ao menos um Carioca devido arbitragens estranhas que sempre prejudicavam o Vascão contra os cariocas. Mas mais uma vez a administração extra-campo deu o ar de sua graça e o excelente time Vascaíno foi desmontado devido ao não pagamento de salários, e a necessidade de pagar dívidas.

Em todos os outros anos o Vascão teve times que, na melhor das hipóteses, poderíamos chamar de medianos. Nesse período flertou perigosamente com o  rebaixamento algumas vezes, e em duas conseguiu disputar a segunda divisão. Apenas uma vez fez uma campanha digna, e chegou em quinto no Brasileirão. Amargou também derrotas e eliminações em São Januário, jogando pela Copa do Brasil, contra times como brasiliense e baraúnas. 

Outros esportes nem é bom falar. O remo sobreviveu por ser estatutário, mas em alguns o escudo Vascaíno desapareceu das quadras, e outros foram relegados a segundo plano, algo que ocorreu com o volei também. O patrimônio foi deteriorado. A dívida do Club atingiu estratosféricos R$ 600 Mil.

Esses foram anos de Eurico Miranda e Carlos Roberto na presidência do Club. Além dos pífios resultados em campo, ainda fomos enxovalhados com uma série de denúncias de mau gerenciamento do Club, prevaricação em favor de parentes, etc. Nesse período o Vascão manteve uma estrutura esportivo-administrativa arcaica, que pode ter funcionado nas décadas de 80-90 do século passado, mas que hoje não são mais adequadas a administrar um clube do tamanho e grandeza do Vascão.

Eurico reassumiu o Club no começo do ano, com promessas de recuperação e de time competitivo. Mobilizou a Nação, que com sua volta vislumbrou a possibilidade de bons tempos, respaldado nos títulos que conquistou como vice de futebol.

E Eurico começou bem. Iniciando o saneamento financeiro do Club, recuperando patrimônio, lançou a campanha "Herdeiros da Cruz de Malta", foi Campeão Estadual. De longe é o título que ele mais gosta (eu também gosto do Carioca), mas não precisava ficar só nele.

Embora Campeão Estadual, o time Vascaíno apresentava uma série de defeitos sérios, eram nítidos, mas a diretoria apostou na fraqueza do atual futebol brasileiro. Só não entenderam que ele é fraco, não medíocre. O time Vascaíno foi campeão jogando contra 4 equipes de 2ª divisão, algumas de 3ª e 4ª divisão, e outras que nem divisão têm. Isso dá ideia da fragilidade da competição estadual. Com toda essa fragilidade, e o Vascão teve dificuldades para ganhar.

E aqui vemos mais um grave erro da diretoria. Com todas as falhas apresentadas pela equipe, como na Lateral Esquerda fraquíssima (Madson enganou no Estadual), na total falta de criatividade do meio-campo, e na dificuldade do ataque em fazer gols, mesmo jogando contra adversários absurdamente mais fracos que nós, não houve ações para solucionarmos esses problemas. A janela de transferências abriu, fechou e contratamos apenas dois jogadores fora de forma, que já estão na fase descendente de suas carreiras, que nunca foram protagonistas em nenhum lugar, e que dificilmente conseguem assumir a responsabilidade de serem os protagonistas de um time em um campeonato tão longo quanto o Brasileirão. Tardiamente contratamos também mais 3 atletas, ou que estavam sem mercado, ou que estavam encostados em outros clubes. 

Enquanto isso vemos outros clubes do país garimparem o mercado sul-americano, ou mesmo divisões e equipes de menor investimento, trazendo boas promessas, e não apenas cumprindo interesses de empresários.

Com toda essa situação só resta uma opção para a torcida do Vascão. Abrace o time e o Club. Encher os estádios pode significar abraçar o time, e pode ajudar a tentar nos livrar do 3º rebaixamento em 7 anos. Mas ainda precisaremos rezar para que Nenê e Jorge Henrique entrem no time e façam ao menos algo próximo do que fizeram a 4 ou 5 anos atrás, quando estiveram no auge de suas carreiras.

Mas para abraçar o Club precisamos de mais, precisamos de sócios. De preferência sócios que votem, para podermos escolher e cobrar as pessoas que irão dirigir esse que hoje não passa da sombra do gigante que já foi.

Claro que nem todos têm condições de arcar com esse custo, mas aqueles que são verdadeiramente Vascaínos, e podem pagar a mensalidade de associado, seria bom começar a pensar seriamente nisso.

Seja sócio do Vascão! Participe da vida do Club não apenas na arquibancada, mas ajudando a definir o seu futuro.

O Vascaínos do passado ergueram São Januário, os de agora devem reerguer o Club inteiro.




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