O Vascão não está matematicamente rebaixado, mas na prática é quase impossível que reverta a situação na tabela de classificação. Quando o primeiro turno do Brasileirão terminou, já tínhamos esta posição da equipe, e a primeira rodada do returno veio apenas ratificá-la. Mas não bastasse a precária condição de sua equipe de futebol - carro chefe dos esportes Cruzmaltinos - ainda vemos uma série de problemas administrativos se acumularem dentro dos muros de São Januário.
Problemas esses que não se resumem ao pagamentos de contas e dívidas estratosféricas, à recuperação de um combalido patrimônio, ou a reativação de esportes renegados no Club. Esses problemas vão além, como a inexplicável presença e intromissão de seus filhos em assuntos do Club, inclusive de áreas que são de competência exclusiva de profissionais contratados. Outro problema grave é a memória curta de seu presidente, que não pela primeira vez deixa aqueles que o apoiaram de lado, em prol de projetos de interesse pessoal dentro do Club - basta ver o atual discurso do Casaca, ou o áudio de um líder de organizada alguns meses atrás - o que certamente racha a situação, imaginem então o Club?
Não paramos por aí. Quando precisamos passar a imagem de um Club moderno, de uma mudança de status nas relações institucionais, seu presidente saca da manga um Estatuto OBSOLETO e que JÁ DEVIA TER SIDO REVISTO HÁ MUITO, e dana de aplicar punições de afastamento e suspensões a sócios por estarem criticando sua administração ou a si, passando uma imagem de que o Club é arcaico e defasado. E aqui não importa o que disseram ou fizeram, A expressão é livre no país, e o presidente de uma instituição como o Club de Regatas Vasco da Gama não pode ser manchada pela falta de senso de seu líder máximo.
A maneira como se trata a locomotiva do Club - o futebol - e a total "irresponsabilidade" e falta de planejamento na montagem do elenco, passa a quem olha de fora a imagem de que se precisava agradar a alguém e que os responsáveis não têm absolutamente nenhum critério ou conhecimento na área para estarem a frente de tão complicado trabalho. Não são poucos os erros cometidos, e que já aparecem na quantidade de contratações - já são mais de 30 esse ano - algumas das quais jamais entraram em campo pelo Club, ou pior, não chegaram nem a ser integradas ao elenco, outras não se entende o critério da contratação dada a fragilidade técnica dos atletas. Mas nem todas são contratações ruins. Alguns são jogadores consagrados, e que têm condições de darem bom retorno ao Club. Acontece que nenhum deles chegou em boas condições físico-técnicas. Alguns estavam parados há muito tempo, seja por lesões, seja por razões técnicas, ou mesmo disciplinares.
Tudo isso mostra total falta de planejamento na montagem de um elenco. Um absurdo quando a palavra de ordem no Club é economizar. Gastamos muito e tivemos um resultado abaixo do pífio.
Mas pior do que tudo isso é a queda de patamar do Club no cenário do futebol. Há décadas o Vasco é um clube de projeção internacional, que conquistou duas Libertadores, dois Torneios de Paris, Mercosul, etc. Hoje está reduzido às estreitas divisas do Estado do Rio de Janeiro, onde ainda impõe algum respeito. Mas nacionalmente e internacionalmente passou a ser um clube absolutamente comum, onde se respeita o passado, mas se ignora o presente.
Eurico precisa deixar de ser arrogante, entender que seus métodos arcaicos e ultrapassados não têm mais lugar no futebol, chamar seus apoiadores mais importantes e dizer-lhes que o Vasco não é o passatempo de riquinhos incompetentes. Que continuem contribuindo, mas que se contrate um profissional competente (sob supervisão, claro), e que este recoloque o Club nos trilhos. Não dá mais para brincar de ser dirigente de futebol, essa época passou.
Se não tomar as atitudes necessárias, Eurico deixará apenas um espectro para seus netos, com um passado grandioso e glorioso, mas com um presente apático e sem nenhum futuro.
E isso urge.
Saudações Vascaínas!
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