quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Medida Provisória que regula entidades esportivas é sancionada

Deu na mídia esportiva e em diversos blogs a sanção da Medida Provisória 620, que regulamenta as entidades esportivas que recebem dinheiro do governo. O Blog do Vascão Eterno se utilizou do artigo do sítio Super Vasco para embasar seu comentário, mas poderia ter se utilizado de vários outros.

A sanção da MP não significa uma obrigação às entidades. Vejam bem, qualquer instituição pode seguir atuando fora das normas impostas pela MP, mas deixará de receber qualquer tipo de verba que seja oriunda do governo ou de pessoas jurídicas diretamente ligadas ao mesmo.

Mas como isso afeta clubes? E como isso afeta ao Vascão?

Simples, o Estato do Clube deverá ser adequado de acordo com as novas regras, ou o Vascão não terá direito a receber nenhum repasse oriundo de entidades públicas, e isso inclui o famoso contrato com a CEF (Caixa Econômica Federal), que já está enrolado por uma série de outros fatores.

As novas regras acabarão basicamente com dois problemas crônicos dentro das entidades esportivas no Brasil: a perpetuação de dirigentes políticos no poder, e a total falta de transparência nas contas das entidades.

Muito da situação vexatória atual do Vascão é oriunda dos desmandos e da permanência por muitos anos de umas poucas pessoas no poder do Clube, quando dívidas foram contraídas e a gestão financeira do Clube foi feita sem a necessária atenção.

Não que as mudanças de diretorias sejam um seguro para se evitar tais desmandos, mas com certeza isso pode ser dificultado, principalmente se houver a fiscalização dos associados.

A nova regulamentação, se bem aplicada pode ajudar as próprias instituições esportivas, e o Vascão, com a força da torcida que tem, pode ser um dos mais beneficiados.



Lei que limita reeleições em entidades esportivas é sancionada
Em 16/10/2013 08:56

Agora é lei. A presidente Dilma Rousseff sancionou a emenda que disciplina a gestão nas entidades esportivas. Publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União, o texto, que será incluído na Lei Pelé, exige que entidades que sejam beneficiárias de recursos públicos deem mais transparência às gestões.
Segundo o texto costurado entre a ONG Atletas pelo Brasil e o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), haverá limite de apenas uma reeleição. O prazo para a adequação nos estatutos é de seis meses.
A publicação da lei não significa que todos tenham de se adequar, mas indica que os que não se ajustarem não poderão mais receber verbas oriundas de incentivos fiscais, estatais, loterias e qualquer outra fonte oficial.
– Não tenho nada contra clubes ou entidades esportivas, mas é necessário que melhorem a gestão para que usufruam de recursos públicos – defendeu Goergen.
Durante a discussão do texto no Congresso, a CBF trabalhou de maneira contrária à aprovação. Com o apoio dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), o diretor de Assessoria Legislativa da entidade, Vandenbergue Machado, atuou no sentido de derrubar a emenda.
As tentativas, no entanto, encontraram oposição da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da própria Dilma Rousseff, que abraçou a causa.
Um grupo de atletas liderados pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser deve ser recebido nesta quarta pela presidente Dilma. A expectativa é de que o ato reúna Gustavo Kuerten, Raí, dentre outros grandes nomes do esporte nacional.

AGORA É LEI

Alternância
Para entidades que recebam verbas públicas, limitação de apenas uma reeleição em mandatos de quatro anos.
Participação
Garantia de representação da categoria de atletas no âmbito de órgãos e conselhos técnicos.
Contas
Transparência na gestão, inclusive quanto a dados financeiros, contratos, patrocínios e outros aspectos.
Informação
Garantia de acesso irrestrito dos associados a documentos e informações relativos às contas.
Lucros
Destinação integral dos resultados à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.


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