domingo, 24 de junho de 2018

Neymar

Estava vendo o debate pós-jogo contra a Suiça do SporTV, e o tema rondou em torno de Neymar. Me impressionou a desfaçatez do programa. Enquanto Casagrande tentava falar do jogo e da péssima atuação de Neymar, Rizeck apenas lembrava o tempo todo do ridículo cabelo de Neymar, dizendo que não queria falar disso.

Mas não foi apenas o SporTV, o cabelo e a péssima atuação foram tema de vários canais, mesas redondas e muita zoação na internet, notadamente Facebook e Instagram. Claro, reverberou por outras mídias sociais também.

Não entendo todo esse rebuliço em torno de Neymar. O atleta vem de cirurgia, uma inatividade relativamente longa, e a propaganda e badalação de sempre em torno do nome do atleta. 

Acho Neymar muito bom jogador, mas muito longe de outros que já vestiram a amarelinha do Brasil. Mesmo no futebol de hoje, não acho Neymar o melhor da seleção brasileira. Coutinho é melhor que ele, ainda que não tenha toda a badalação e propaganda em torno de seu nome, que Neymar tem de sobra. É mais útil e mais eficiente, e não é de hoje.

E Neymar é isso não é de hoje. Na verdade sempre foi assim. Suas atuações nessa Copa do Mundo vêm sendo prejudicadas por uma certa complacência da arbitragem. É certo que nem todas as quedas são frutos de falta, e isso também não é de hoje com Neymar, mas também é certo que sofreu faltas inaceitáveis, como agarrões e puxões de camisa, e os dois árbitros até agora foram absolutamente coniventes com o anti-jogo, quando deveriam amarelar os atletas, não pela violência das faltas, mas justamente pelo anti-jogo.

O problema é que nada disso desfaz a imagem de presepeiro e de fanfarrão que Neymar fez questão de cultivar, justamente pelas simulações e exageros que o atleta promove. Europa e Copa do Mundo não são o Santos, e a imprensa estrangeira não é a brasileira, que constantemente passa a mão na cabeça, e até incentiva esse tipo de comportamento. O mesmo se pode dizer da maioria dos clubes europeus.

Com isso chego a seguinte conclusão: Neymar não tem ambição profissional. Vejam bem, ambição profissional é muito diferente de ambição financeira. A segunda ele tem de sobra, basta ver como se deram as transferências do atleta para outros clubes, sempre de forma turbulenta e pouco profissional, tendo em vista quase que exclusivamente os valores envolvidos.

Já a parte profissional é aquela que diz o quanto você pode ser grande e considerado dentro de sua profissão. Neymar não cresce nesse sentido. Continua sendo o mesmo jogador que despontou no Santos. Presepeiro, que pode até decidir um jogo, mas não um campeonato. Por isso ele não é e não será o melhor do mundo.

Mas há quem goste. Direito deles, e imaginem que chatice, se todos só gostassem da mesma coisa.

Saudações Vascaínas!

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