terça-feira, 10 de maio de 2016

Para encerrar o Estadual 2016

Todos já sabem que o Vascão conquistou o Bicampeonato Estadual no último domingo, sendo a que a segunda conquista se deu de forma invicta. Pois bem, farei algumas considerações sobre nossa conquista, comparação com os principais estaduais do país, e ainda algumas sugestões.

A final Carioca foi a que mais atraiu público, seja televisivo, seja no estádio. De quebra a renda do Maraca foi a maior dentre elas. R$ 2.705.750 foi o total arrecadado no Rio, contra R$ 2.244.615 arrecadados no Gaúchão. A diferença é que lá o público foi cerca de 60% do Carioca, e o ingresso foi R$ 10 mais caro em média.(o campeonato que mais atraiu atenção foi o Carioca. Então porque a Globo paga menos por ele?)

Sobre preço de ingresso, o do Rio foi o segundo mais barato, mesmo assim foi quase o dobro do que cobrou o preço mais baixo. No Rio foi R$ 50,45 contra R$ 25,64 em Minas. O mais caro foi no Gaúchão, e o Paulistão cobrou R$ 58,37.

Sobre o público na final o blogueiro aqui acertou e errou. Acertou ao dizer que o Maraca não estaria lotado, e errou ao dizer que o público seria bem aquém da lotação máxima. A presença de 60.000 pessoas me surpreendeu, com apenas 53.634 pagantes. Se contarmos que aí estão incluídas gratuidades sociais, como menores de 12 anos, é um fato a ser apoiado. Mas poderíamos ter tido muito mais gente no estádio.

Para conquistar o título, o Vascão sobrou no campeonato. O fato de ter sido invicto nos dá ideia disso, mas os números deixam claro. Foi o time que fez mais pontos, dos 8 clássicos que disputou venceu 5 e empatou 4, sendo campeão com sobras se o torneiro fosse apenas entre os grandes. Fez 30 gols e sofreu apenas 9. Teve 6 jogadores na seleção do Estadual, o craque e o técnico. Dos 6, apenas Riascos ainda não chegou aos 30. O time de "velhos" está correndo muito, o que tem a ver com um excelente preparação física, mas provavelmente também com o trabalho do Capres.

As finais, e o interesse mostrados pelos torcedores em torno delas, deixam muito claro que, ao contrário do que a mídia tacanha prega, os estaduais não estão mortos. Precisamos sim, deixá-los mais rentáveis e mais atrativos. Não temos que diminuir esses campeonatos, temos que alongá-los, fazer com que estejam presentes durante todo o ano, ou ao menos por uma parte maior dele, onde as finais aconteçam no final do ano, e de maneira que as equipes estejam todas em atividade a maior parte do ano. Para isso a fórmula usada no Estadual do Rio me pareceu excelente. Eu já havia postado algo parecido aqui no Blog do Vascão Eterno, e acho que uma mescla das duas fórmulas seria muito boa. Os pequenos brigam para ir a uma fase decisiva com os grandes, depois semifinais e finais. Os que não forem para as finais, brigam para não cair.Para o brasileiro isso também poderia ser adaptado, mas teríamos um mata-mata maior, a partir das oitavas de final, e os clubes não classificados brigando para não cair em outro campeonato a parte.

Mas para isso precismos ter vontade política, e pararmos de tentar copiar Europa. Nossas características são diferentes, nossas raízes tornam nossas necessidades únicas. Pense em cada estado brasileiro como sendo um país europeu, e você terá ideia da diferença que temos aqui.

Pessoalmente gosto do campeonato de pontos corridos. Acho mais justo, dá chances a recuperação (como quase aconteceu com o Vascão ano passado), e costuma premiar o mais regular. Mas podemos mesclar as duas coisas, resgatar nossas raízes, e tentar reerguer o futebol brasileiro, de quebra fortalecer nossos clubes, que pouco a pouco estão se desfigurando. Não adianta ficarmos tentando imitar Europa, temos que ser nós mesmos.

Saudações Vascaínas!

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