O Vascão perdeu para o Universidad do Chile num erro geral da defesa e do técnico Zé Ricardo. Não que o único problema tenha sido o erro, mas o time caiu exatamente nas armadilhas que indiquei antes da partida. O adversário fez o tempo correr, parava jogadas com faltas, tentava irritar os Vascaínos. E conseguiu. A situação que lhes deu a vitória apenas coroou um futebol mais afinado com o que se passava em campo. E essa situação se torna clara quando vemos que, na verdade, o Vasco dominou o jogo por cerca de 20-25 min no máximo. Todo o resto do tempo os chilenos tiveram o domínio quase total da partida, ainda que a posse de bola fosse maior dos Cruzmaltinos.
No primeiro tempo, que terminou 0x0, os chilenos foram senhores do jogo pelos primeiro 20 min, em que o Vasco até chegou num contra-ataque rápido, e que Evander chutou mal, torto para fora. Enquanto isso os chilenos envolviam o Vasco e apresentavam perigo. O Cruzmaltino apresentava nervosismo, afobação, e caia facilmente na boa defesa adversária. Após esses 20 min foi o período que o Vasco dominou a partida, e que parecia que o gol era apenas questão de tempo. A pressão organizada do Vascão fez com que os chilenos começassem a errar, e numa dessas o goleiro rebateu muito mal, Riascos pegou a sobra e fez mais uma das suas, ao errar o cruzamento e acertar o travessão. O primeiro tempo se resumiu a isso, já que nessa etapa os chilenos não criaram nada mais agudo.
Na segunda etapa todos pensavam que o Vasco viria mais encorpado e decidido, mas foi exatamente o contrário. O nervosismo da primeira etapa se amplificou, e o time foi presa fácil para os visitantes. Os chilenos rondaram a área Vascaína até a hora do gol, enquanto o Vasco, quando chegava, era em alguma jogada fortuita. Quando Zé Ricardo cometeu o erro de retirar Desábato, que vinha bem no jogo, para a entrada de Andrés Rios, fiquei temeroso. E não deu outra, Wellington, que estava extremamente nervoso, em vez de marcar, ficou trocando gentilezas com um garoto de 20 anos, lá próximo a linha de fundo, a posição que Desábato ocuparia ficou vazia, e Paulão para variar marcava ninguém. Uma cobrança de lateral foi suficiente para Paulão chegar atrasado e não conseguir fazer o corte, livre o atacante chileno chutou rasteiro e forte, junto ao corpo do goleiro. Essa é uma das bolas mais difíceis para um goleiro, e Martin Silva não conseguiu fazer a defesa.
Na segunda etapa Rildo forçou Herrera a fazer grande defesa em cabeçada a queima-roupa, mas foi só. Em todos os outros ataques, ou não houve a conclusão, ou ela foi para fora. Ao contrário, Martin fez ao menos duas grandes defesas, e cortou vários cruzamentos perigosos.
Zé Ricardo errou muito feio ao tirar Desábato. Além de estar bem no jogo, ainda era quem saia jogando com alguma qualidade. Wellington, ao contrário, estava perdido, nervoso, e errava vários passes. Se a substituição tivesse sido a de Wellington por Werley (ou Riascos) poderia ter dado mais certo. Liberaria os dois laterais, e não enfraqueceria o meio. Wagner também não estava mal, mas entendo a troca por Paulinho, na tentativa de dar mais velocidade e gás. Mas a saída de Rildo para a entrada de Paulo Vitor também não fez sentido. Mais uma vez, porque não tirou Riascos, que a única coisa que acertou foi por um erro?
Enfim, nada está perdido, e o Universidad do Chile é um time que pode ser batido lá também. O próximo jogo é contra o Cruzeiro, e temos condições de trazermos os 3 pts de Belo Horizonte. Se conseguirmos 1 pt na Argentina, não será o ideal, mas dará boas perspectivas de classificação. Mas não pode é se escancarar como Zé Ricardo fez. Era a primeira partida, não perdíamos, para que expor uma defesa fraca como a nossa do jeito que Zé Ricardo fez? Para que enfraquecer um meio campo que já perdíamos? Entendo que ele quis buscar a vitória, mas isso não pode ser feito a qualquer custo, quando ainda temos tanto a disputar. Se fosse o último jogo, e só a vitória interessasse vá lá, mas não era, e um empate, se não era bom, também não era um desastre.
A propósito, a tal virose atrapalhou.
Agora é juntar a experiência, pensar melhor, preparar o time, e virar essa história. Pelo que vi até agora, o Vasco não é pior que os outros integrantes do grupo, mas precisa se acalmar, botar a bola no chão, jogar futebol, e acreditar mais em si mesmo.
A propósito, o time caiu em todas as armadilhas que indicamos antes do jogo. Isso não pode acontecer.
E parabéns à torcida, que compareceu e incentivou quase até ao apagar das luzes. Eu não pude ir, mas minha filha estava lá.
E parabéns à torcida, que compareceu e incentivou quase até ao apagar das luzes. Eu não pude ir, mas minha filha estava lá.
Saudações Vascaínas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário