Tirando as notícias inúteis, que
servem mais para preencher a pauta do que para informar, tivemos duas notícias
durante o Carnaval, que são realmente importantes.
A primeira é que o Sporting teria
enviado olheiros para observar o atacante Thales, logo após a decisão da
diretoria de adiar a renovação do contrato da grande revelação Vascaína.
Se conjugarmos as duas
informações, temos a hipótese de que o adiamento da renovação do contrato não
foi motivado pelo atraso dos salários, ou por falta de acordo, mas sim para
facilitar uma possível venda do atacante para os portugueses.
As próximas ações em torno de
Thales nos dirão qual a verdade.
A outra notícia interessante é
que Edmundo finalmente assumiu que esteve em contato com alguns pré-candidatos
à presidência do Vascão. Na verdade Edmundo fez uma análise rápida dos três,
mas nem por isso foi uma análise ruim. Sobre Eurico Miranda disse que tem
pulso, é forte politicamente, e tem representatividade. Sobre Fernando Horta
disse que é visionário, inteligente e competente, e sobre Jorge Salgado que é
um empreendedor, e que tem muita credibilidade no mercado, mas que nenhum dos
três teria uma carta na manga, capaz de atrair seu apoio.
A única análise da qual
discordamos é a de que Eurico é forte politicamente. Ele já foi. Hoje está
relegado a segundo plano, servindo de bucha de canhão para Fferj e CBF,
executando tarefas secundárias e que poderiam colocar os mandatários dessas
entidades em saias justas. A representação que fez em debate com o Bom Senso
Futebol Clube é exemplo disso. Tarefa secundária e ingrata para que um dirigente
da Fferj estivesse presente; foi Eurico.
De resto Edmundo me pareceu
certeiro.
Mas não foi certeiro seu
comentário de que nenhum tem uma carta na manga para fazer do Vasco outra vez
vencedor. Primeiro porque ninguém entregará seus trunfos antes de o jogo estar
em fase decisiva, segundo porque a falta de um trunfo agora, não significa que
se tenha uma mão ruim.
E a necessidade de pulso é óbvia,
quando se quer administra o Vasco ou qualquer outro empreendimento, mas ela por
si só é insuficiente. Eurico já o provou quando esteve na presidência do Clube.
São necessárias credibilidade, empreendedorismo, inteligência e competência.
Atributos dos outros dois, que mesmo com todas essas características, não
teriam alcançado o sucesso, caso não tivessem pulso.
Parece-nos então, que aos outros
dois não falta nada, enquanto a Eurico falta muito.
E não mencionamos Leo Gonçalves,
e o pessoal da Cruzada Vascaína. Ativos na oposição, criando opções e apoiando
o Vasco, mesmo não estando no poder.
Temos opções válidas e capazes. Podemos
sair da mesmice Eurico-Carlos Roberto. É só querermos.
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