O Blog do Vascão Eterno anda meio
sem saco de comentar o Vascão nessa semana sem compromissos do Gigante. Na
verdade o mais interessante a se falar é sobre as eleições no Clube, já que
esportivamente e sobre futebol, pouca coisa movimentou a Colina. No máximo a
extensão dos contratos de Jomar e Lorran, e a tão falada renovação do contrato
de Thales.
Mas um artigo publicado no
NetVasco nos chamou a atenção e gostaríamos de traçar alguns poucos comentários
sobre ele, e é sobre a torcida do Vascão vaiar os últimos treinadores que
assumiram o comando da Equipe Cruzmaltina. Cristóvão Borges, Gaúcho, Dorival Junior,
são alguns nomes citados pelo artigo, mas ele se esqueceu de Mancini, Oswaldo
de Oliveira, etc. Na verdade quase todos os treinadores que passaram por São
Januário nos últimos 13 anos foram vaiados em algum momento, mas isso não
significa que tenham feito trabalhos ruins.
Mas o caso de Adilson Batista é
diferente. Vejam, quando o Blog do Vascão Eterno pedia a saída de Dorival Jr.,
no final do ano passado, era muito mais para dar uma chacoalhada na equipe, do
que por achar que seu trabalho fosse horrível. Não era, era um trabalho
regular. O problema é que, no desespero gerado por maus resultados, o treinador
deu declarações polêmicas, perdeu a mão, e mais importante, o domínio do grupo,
e acabou numa roda viva de descenso.
O caso de Adilson Batista é
conceitual. Ele, como todos os treinadores que apresentam maus resultados, vem
com o discurso pronto e batido de que vive o dia-a-dia do clube, que está consciente
do que faz, que confia no seu trabalho, e outras bravatas conhecidas por todos
que acompanham o futebol.
Mas como colocou bem Rica
Perrone, Adilson está cada vez mais confuso. Escalações equivocadas, suas substituições
mostram que não tem conhecimento do grupo, que taticamente opta por esquemas
antiquados (não necessariamente ruins) e inadequados ao grupo que tem, sua
insistência em rodízios e a poupar jogadores beira a insanidade, já que o
Vascão só disputa uma competição no momento, e provavelmente isso acontecerá
por todo o primeiro semestre. Acrescentamos que teremos uma parada de pelo
menos um mês durante a Copa do Mundo, o que deveria ser suficiente para
recuperar a equipe de qualquer desgaste físico que as terríveis competições do
primeiro semestre tivessem provocado. Em suma, Adilson está fora de sintonia
com a situação da Equipe, do Clube e do futebol atual.
Tudo bem que algumas coisas colaboram
para os problemas vascaínos, como a nítida falta de preparo físico da Equipe,
que sempre cai muito de rendimento no segundo tempo dos jogos, ou as contusões
ocorridas com atletas importantes – muitas podem ser devido ao próprio problema
de preparo físico. Mas isso não é desculpa. Ele que tomasse posição e cobrasse
uma preparação física mais adequada.
Além disso, o Time não apresenta
uma única jogada ensaiada, não apresenta treinamento de jogadas comuns de jogo,
como ultrapassagens de laterais, ou mesmo a alternância de apoios dos volantes –
constantemente vemos ambos no ataque, deixando a defesa desguarnecida.
A verdade é que a Equipe não
apresenta padrão tático, não apresenta alternativas táticas, e não apresenta
evolução decorrente de treinamentos específicos, tendo vivido muito mais de
lampejos de seus jogadores, do que da mão de seu treinador – o gol contra o Bonsucesso
é exemplo disso.
Com dois meses de trabalho, e com
o elenco, que não é brilhante, mas é melhor que o do ano passado, já era para estarmos
vendo ao menos um pouco disso. Mas nada, absolutamente nada é visto.
É certo que esse ano, a
competição mais importante para nós é a Segunda Divisão – se é que vamos
realmente jogá-la – mas não podemos por isso desprezar o Carioca, que não
ganhamos há 10 anos, ou a Copa do Brasil, que além de ser um título nacional
somente inferior ao Brasileirão, dá uma vaga direta para a Libertadores.
Então é hora de Adilson Batista
rever seus conceitos, ou de a diretoria tomar uma providência enquanto é tempo.
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