quarta-feira, 12 de março de 2014

Blog do Vascão Eterno - Adilson Batista não é o único vaiado, mas é o que mais merece



O Blog do Vascão Eterno anda meio sem saco de comentar o Vascão nessa semana sem compromissos do Gigante. Na verdade o mais interessante a se falar é sobre as eleições no Clube, já que esportivamente e sobre futebol, pouca coisa movimentou a Colina. No máximo a extensão dos contratos de Jomar e Lorran, e a tão falada renovação do contrato de Thales.

Mas um artigo publicado no NetVasco nos chamou a atenção e gostaríamos de traçar alguns poucos comentários sobre ele, e é sobre a torcida do Vascão vaiar os últimos treinadores que assumiram o comando da Equipe Cruzmaltina. Cristóvão Borges, Gaúcho, Dorival Junior, são alguns nomes citados pelo artigo, mas ele se esqueceu de Mancini, Oswaldo de Oliveira, etc. Na verdade quase todos os treinadores que passaram por São Januário nos últimos 13 anos foram vaiados em algum momento, mas isso não significa que tenham feito trabalhos ruins.

Mas o caso de Adilson Batista é diferente. Vejam, quando o Blog do Vascão Eterno pedia a saída de Dorival Jr., no final do ano passado, era muito mais para dar uma chacoalhada na equipe, do que por achar que seu trabalho fosse horrível. Não era, era um trabalho regular. O problema é que, no desespero gerado por maus resultados, o treinador deu declarações polêmicas, perdeu a mão, e mais importante, o domínio do grupo, e acabou numa roda viva de descenso.

O caso de Adilson Batista é conceitual. Ele, como todos os treinadores que apresentam maus resultados, vem com o discurso pronto e batido de que vive o dia-a-dia do clube, que está consciente do que faz, que confia no seu trabalho, e outras bravatas conhecidas por todos que acompanham o futebol.




Mas como colocou bem Rica Perrone, Adilson está cada vez mais confuso. Escalações equivocadas, suas substituições mostram que não tem conhecimento do grupo, que taticamente opta por esquemas antiquados (não necessariamente ruins) e inadequados ao grupo que tem, sua insistência em rodízios e a poupar jogadores beira a insanidade, já que o Vascão só disputa uma competição no momento, e provavelmente isso acontecerá por todo o primeiro semestre. Acrescentamos que teremos uma parada de pelo menos um mês durante a Copa do Mundo, o que deveria ser suficiente para recuperar a equipe de qualquer desgaste físico que as terríveis competições do primeiro semestre tivessem provocado. Em suma, Adilson está fora de sintonia com a situação da Equipe, do Clube e do futebol atual.

Tudo bem que algumas coisas colaboram para os problemas vascaínos, como a nítida falta de preparo físico da Equipe, que sempre cai muito de rendimento no segundo tempo dos jogos, ou as contusões ocorridas com atletas importantes – muitas podem ser devido ao próprio problema de preparo físico. Mas isso não é desculpa. Ele que tomasse posição e cobrasse uma preparação física mais adequada.

Além disso, o Time não apresenta uma única jogada ensaiada, não apresenta treinamento de jogadas comuns de jogo, como ultrapassagens de laterais, ou mesmo a alternância de apoios dos volantes – constantemente vemos ambos no ataque, deixando a defesa desguarnecida.

A verdade é que a Equipe não apresenta padrão tático, não apresenta alternativas táticas, e não apresenta evolução decorrente de treinamentos específicos, tendo vivido muito mais de lampejos de seus jogadores, do que da mão de seu treinador – o gol contra o Bonsucesso é exemplo disso.

Com dois meses de trabalho, e com o elenco, que não é brilhante, mas é melhor que o do ano passado, já era para estarmos vendo ao menos um pouco disso. Mas nada, absolutamente nada é visto.

É certo que esse ano, a competição mais importante para nós é a Segunda Divisão – se é que vamos realmente jogá-la – mas não podemos por isso desprezar o Carioca, que não ganhamos há 10 anos, ou a Copa do Brasil, que além de ser um título nacional somente inferior ao Brasileirão, dá uma vaga direta para a Libertadores.


Então é hora de Adilson Batista rever seus conceitos, ou de a diretoria tomar uma providência enquanto é tempo. 

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