A torcida pode ficar furiosa,
pode se morder de raiva, a maioria sente vergonha, alguns mais descolados sabem
que uma derrota jamais será motivo para envergonhar-se, mas poucos conseguem alcançar
que em derrotas podemos tirar lições. Então vamos elencar alguns pontos a serem
analisados pela diretoria Vascaína, e também pela comissão técnica.
1- O
Vascão vem sendo mal escalado desde a primeira partida do campeonato. A
insistência em atuar com três volantes, além da insistência no esquema tático
mal executado, são duas coisas a serem pensadas por ambos. O Vascão é time
grande; não pode jamais atuar acuado contra outras equipes, ainda mais equipes
cujos investimentos não chegam à metade do investimento que temos.
2- A
alteração constante de esquema tático: se o esquema inicial do Vascão já é equivocado,
ainda mais para jogar contra equipes de menor porte, imagine então a mudança
constante de esquema durante os jogos, que costumam inclusive desequilibrar a
harmonia entre os setores da Equipe.
3- A
situação melhorou esse ano, mas ainda temos alguns jogadores que não têm a
menor condição de vestir o Manto Vascaíno. Wiliam Bárbio é um exemplo. Há pelo
menos três anos o vejo rondando nosso elenco, e o máximo que faz é correr. Está
na Equipe Vascaína errada. Deveria estar no atletismo, ou na melhor das
hipóteses na natação, porque dentro de campo ele... nada.
4- Desde
o ano passado o preparo físico da Equipe é horrível. Isso se traduz em uma série
de contusões e na falta de fôlego dos atletas para manter o ritmo durante os 90
min. É nítida a queda de rendimento da Equipe nos segundos tempos das partidas,
e nos 25 min finais é algo assustador. Perder fisicamente para o time do
flamengo, que vinha de uma verdadeira maratona aérea, foi algo inaceitável.
5- Vamos
repetir algo que já dissemos antes. Adilson Batista tem uma visão equivocada do
futebol. Quem se adapta é o esquema às características dos atletas, não ao
contrário. Além disso, o Vascão precisa ter padrão tático, e as constantes
mudanças durante os jogos e para jogos, acabam por dificultar a aquisição de um
padrão de jogo.
6- Continuando
o item acima, quem deve se preocupar com o adversário é quem vem jogar contra o
Vascão, e não nós com eles. Não queremos dizer com isso que a gente não deva
respeitar e estudar os adversários, mas sim que devemos manter e impor nosso
sistema tático e nossa técnica sobre os adversários, e eles que se virem para
impedir isso. Mas no Vascão estamos sempre preocupados a nos adaptar aos
adversários. Quem faz isso é time pequeno.
7- Todo
treinador tem preferência por um ou outro atleta, mas Bernardo não está jogando
nada, e Wiliam Bárbio nunca jogou. Porque insistir com esses dois? Bernardo
ainda pode ser pensado para ser usado mais adiante, Bárbio deve ser pensado em
ser emprestado o mais rápido possível.
8- Substituições
equivocadas: vêm acontecendo em todos os jogos. Ontem mesmo Montoya era nosso
homem mais lúcido e perigoso do meio campo para frente. Na verdade praticamente
todas as jogadas de perigo passavam por seus pés. A entrada de Bernardo já
atrapalhou, pois deixou de haver quem “conversasse com Montoya” e depois ele
ainda foi substituído. Lesão ou cansaço? Com a primeira opção dá para entender
a substituição, a segunda apenas mostra a falta de visão de jogo de nosso
treinador.
Os itens acima deveriam ser
pensados e analisados por diretoria e comissão técnica. Nossa diretoria já
mostrou várias vezes que é lenta, incompetente e teimosa. Que pelo menos
Adilson Batista possa ler e pensar sobre o que escrevemos, e assim possa
corrigir alguns dos problemas da equipe. Dois três de única e exclusiva
responsabilidade dele: esquema tático, escalação e substituições. Numa quarta
ele pode influir decisivamente, que é a preparação física.
O elenco desse ano não é de
primeiríssima, mas é, com certeza, muito melhor que o do ano passado. Mas se
não pararmos de cometer falhas, que são infantis para o futebol moderno,
continuaremos a ter dificuldades além de nossos adversários.
Ah sim, para corrigir erros, primeiro é necessário observá-los e assumi-los. Será que terão essa humildade?
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