segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Lições da derrota

A torcida pode ficar furiosa, pode se morder de raiva, a maioria sente vergonha, alguns mais descolados sabem que uma derrota jamais será motivo para envergonhar-se, mas poucos conseguem alcançar que em derrotas podemos tirar lições. Então vamos elencar alguns pontos a serem analisados pela diretoria Vascaína, e também pela comissão técnica.

1-      O Vascão vem sendo mal escalado desde a primeira partida do campeonato. A insistência em atuar com três volantes, além da insistência no esquema tático mal executado, são duas coisas a serem pensadas por ambos. O Vascão é time grande; não pode jamais atuar acuado contra outras equipes, ainda mais equipes cujos investimentos não chegam à metade do investimento que temos.
2-      A alteração constante de esquema tático: se o esquema inicial do Vascão já é equivocado, ainda mais para jogar contra equipes de menor porte, imagine então a mudança constante de esquema durante os jogos, que costumam inclusive desequilibrar a harmonia entre os setores da Equipe.
3-      A situação melhorou esse ano, mas ainda temos alguns jogadores que não têm a menor condição de vestir o Manto Vascaíno. Wiliam Bárbio é um exemplo. Há pelo menos três anos o vejo rondando nosso elenco, e o máximo que faz é correr. Está na Equipe Vascaína errada. Deveria estar no atletismo, ou na melhor das hipóteses na natação, porque dentro de campo ele... nada.
4-      Desde o ano passado o preparo físico da Equipe é horrível. Isso se traduz em uma série de contusões e na falta de fôlego dos atletas para manter o ritmo durante os 90 min. É nítida a queda de rendimento da Equipe nos segundos tempos das partidas, e nos 25 min finais é algo assustador. Perder fisicamente para o time do flamengo, que vinha de uma verdadeira maratona aérea, foi algo inaceitável.
5-      Vamos repetir algo que já dissemos antes. Adilson Batista tem uma visão equivocada do futebol. Quem se adapta é o esquema às características dos atletas, não ao contrário. Além disso, o Vascão precisa ter padrão tático, e as constantes mudanças durante os jogos e para jogos, acabam por dificultar a aquisição de um padrão de jogo.
6-      Continuando o item acima, quem deve se preocupar com o adversário é quem vem jogar contra o Vascão, e não nós com eles. Não queremos dizer com isso que a gente não deva respeitar e estudar os adversários, mas sim que devemos manter e impor nosso sistema tático e nossa técnica sobre os adversários, e eles que se virem para impedir isso. Mas no Vascão estamos sempre preocupados a nos adaptar aos adversários. Quem faz isso é time pequeno.
7-      Todo treinador tem preferência por um ou outro atleta, mas Bernardo não está jogando nada, e Wiliam Bárbio nunca jogou. Porque insistir com esses dois? Bernardo ainda pode ser pensado para ser usado mais adiante, Bárbio deve ser pensado em ser emprestado o mais rápido possível.
8-      Substituições equivocadas: vêm acontecendo em todos os jogos. Ontem mesmo Montoya era nosso homem mais lúcido e perigoso do meio campo para frente. Na verdade praticamente todas as jogadas de perigo passavam por seus pés. A entrada de Bernardo já atrapalhou, pois deixou de haver quem “conversasse com Montoya” e depois ele ainda foi substituído. Lesão ou cansaço? Com a primeira opção dá para entender a substituição, a segunda apenas mostra a falta de visão de jogo de nosso treinador.

Os itens acima deveriam ser pensados e analisados por diretoria e comissão técnica. Nossa diretoria já mostrou várias vezes que é lenta, incompetente e teimosa. Que pelo menos Adilson Batista possa ler e pensar sobre o que escrevemos, e assim possa corrigir alguns dos problemas da equipe. Dois três de única e exclusiva responsabilidade dele: esquema tático, escalação e substituições. Numa quarta ele pode influir decisivamente, que é a preparação física.


O elenco desse ano não é de primeiríssima, mas é, com certeza, muito melhor que o do ano passado. Mas se não pararmos de cometer falhas, que são infantis para o futebol moderno, continuaremos a ter dificuldades além de nossos adversários.

Ah sim, para corrigir erros, primeiro é necessário observá-los e assumi-los. Será que terão essa humildade?

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