domingo, 27 de outubro de 2019

Ceará 1 x 1 Vasco: empate dos tempos distintos

O Vascão foi até a bela Fortaleza ontem, e não se deu muito bem. A sequência de vitórias foi quebrada, mas pelo andamento da partida o empate acabou não sendo tão ruim, afinal de contas, o Vasco foi acuado durante todo o segundo tempo, quando o Ceará perdeu a oportunidade de virar a partida, mas tropeçou na ótima partida defensiva do Vascão. E isso teve alguns motivos, entre erros de escalação, de substituição, e de preparação física. Isso deixou os dois tempos de jogo muito distintos entre si, em que o primeiro o Vascão poderia ter feito até mais gols, e no segundo poderia ter tomado a virada.

Mas o jogo não foi o tempo todo assim, e no primeiro tempo o Vascão foi superior, dominou as ações, e poderia ter saído com um placar até maior, mas a primeira substituição feita por Luxemburgo, a meu ver, foi precipitada. Após o gol o de Rossi, ocorrido aos 17min de jogo, parecia que o Vascão aumentaria o placar, porque continuou em cima, até que Bruno Gomes saiu. A saída de Bruno Gomes inverteu o controle da partida, já que o garoto ditava o diapasão do meio-campo Vascaíno, e quando ele saiu o Vasco perdeu esse setor do campo, junto com a queda física de Guarín. A partir daí o Vasco passou a ser pressionado, mas sem grandes perigos para Fernando Miguel. Raul entrou meio perdido, principalmente na saída de bola, mas ao menos ajudava bem a defesa pelo lado direito, só que o Vasco perdeu volume de jogo, e passou a ter mais dificuldades de chegar ao ataque, e o Ceará em ultrapassar a defesa Vascaína.

O segundo tempo recomeçou com Felipe Ferreira no lugar de Marrony. Parecia que o Vascão retomaria o controle do jogo, mas com 10 min de segundo tempo Guarim saiu pra a entrada de Felipe Bastos (o conhecido desastrado), e tivemos acentuada queda de rendimento físico de Rossi e Ribamar. O Vasco deu uma tacada só perdeu o meio-campo e todo o poder de contra-ataque, e o jogo virou defesa contra ataque. Mesmo assim o Ceará tinha muita dificuldade em chegar ao gol do Vasco. Isso aconteceu com perigo duas vezes, sendo a primeira uma falha de Fernando Miguel que por sorte pode ser corrigida, mas na segunda não teve perdão, e após a falha de Raul, que não afastou a bola quando devia, o atacante cearense chutou, Fernando Miguel deu rebote, e a sobra foi colocada para dentro em lance que gerou muita discussão. A tecnologia do VAR diz que não havia impedimento, o olho mostra que sim.

Os acertos e erros. A começar Henrique e Pikachu fizeram mais uma boa partida, assim como a dupla de zaga. Richard se portou bem, Rossi lutou demais e jogou bem enquanto teve pernas, e Marrony fazia mais uma boa partida antes de sair por contusão. A equipe também voltou a mostrar que está treinada, bem posicionada, e que os atletas sabem o que fazer em campo, e onde devem estar, tanto no ataque, e principalmente na defesa.

Mas também tivemos erros, porque  mal escalado com Guarín. Não que seja um mal jogador, pelo contrário, muito bom mas, ele está sem ritmo e sem preparo físico. É muito mais interessante você lançar esse atleta no segundo tempo (se você quiser), do que você ser obrigado a tirá-lo do jogo devido a suas condições físicas. O segundo erro foi a substituição apressada de Bruno Gomes. Verdade que ele tinha amarelo, que ele poderia ser expulso, mas tirar o atleta aos 31 min do primeiro tempo? Bastava inverter, atrasar um pouco o Guarim, e adiantar um pouco o Bruno, dando a instrução para ele chegar mais devagar nas divididas, evitar outro amarelo. Essa substituição seria protelada ao menos até o início do segundo tempo, Raul poderia ter entrado no lugar de Guarín, e você poderia ter segurado uma substituição para tirar Rossi, ou Ribamar. O resultado foi que o Vasco acabou o jogo com praticamente 2 homens a menos, e Felipe Ferreira não tinha com quem dialogar quando tentava puxar os contra-ataques. Felipe Bastos voltou a errar um monte de passes simples, retardar a saída de bola, e deixar o meio campo, já debilitado, ainda mais lento.

Outro erro absurdo foi o de condicionamento físico. Uma equipe que está disputando apenas uma competição não pode perder 2 atletas durante o jogo por puro cansaço. Apesar do esforço, e de ambos se doarem muito durante as partida, era nítido que Rossi e Ribamar se arrastavam em campo, e não dá para aceitar uma queda tão acentuada de condicionamento físico ainda no início do segundo tempo.

Pelas possibilidades perdemos 2 pts, pelo que aconteceu durante o jogo ganhamos 1 pt. A depender do resultado do Atlét. MG, que joga hoje contra o São Paulo, lá na capital paulista, manteremos ou não a 11ª posição.

Nosso próximo compromisso é contra o Grêmio, no São Januário, e agora a vitória virou necessidade total, caso queiramos ter chances de chegar entre os 6 primeiros.

Saudações Vascaínas!

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