segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Vitória de 3x1 sobre a Chape alivia o clima

A coisa não estava boa na Colina. Nos últimos 5 jogos tínhamos acumulado 3 derrotas e 2 empates, sendo 1 contra o fraco Ceará, e após os resultados desse final de semana, o Vascão figurava em 16º lugar, ainda fora da Z4, mas com a mesma pontuação do primeiro da Z4. A vitória hoje era fundamental, deu um gás, um pouco de tranquilidade e salvou um pouco a semana de comemorações, já que na terça-feira o Vascão comemorou 120 anos, e ontem comemorava 20 anos da conquista da Libertadores no ano de seu centenário.

E se o dia era de festa, o jogo não começou assim tão festivo. Certo é que o Vasco dominou os primeiros 45 minutos, mas esteve muito longe de transformar esse domínio em oportunidades, e principalmente em gols. Foram algumas oportunidades bastante opacas e, parece que antevendo o que faria no segundo tempo, uma cabeçada perigosa de Maxi López, que passou muito perto da trave. Mas muito pouco para uma equipe que pretende algo maior num campeonato difícil como o Brasileirão.

Mas as equipes inverteram os lados do campo, e o que era um domínio sem objetividade do Vascão, se tornou uma belíssima apresentação de Maxi López, bem coadjuvado por Vágner, Pikachu e depois Thiago Gallardo, e uma defesa relativamente sólida e bem postada. E o show foi mesmo de Maxi López, e ele foi bem coadjuvado, porque o Vasco coletivamente foi muito ineficiente no ataque, tendo criado muito pouco de forma coletiva, envolvendo o adversário, etc. Os gols foram, ou de passes muito precisos de López, ou de sua própria técnica. E assim saiu o primeiro gol, num lançamento perfeito do argentino, uma dominada e um chute geniais de Vágner. O segundo, em que López chamou a marcação para dançar e depois bateu cruzado no cantinho, sem chances para o goleiro. E o terceiro, em que o centro-avante lançou Thiago Gallardo na corrida, ele se desvencilhou de dois adversários e deu um toque sutil na saída do goleiro. Pelo lado do Vasco o segundo tempo se resumiu a isso, e a uma defesa que quase não errou. Em compensação, pelo lado de Maxi López a atuação foi digna da esperança que provocou na torcida.

Já a defesa foi dita que se comportou relativamente de forma bem postada e segura, porque deu alguns espaços, e mais uma vez se colocou mal e ficou apenas a olhar a ação de um atacante adversário. Alguns espaços foram deixados, principalmente na entrada da área, e o gol da Chapecoense surgiu de uma falha ridícula de marcação. A própósito, já perdi a conta de quantas vezes a defesa Vascaína falhou em bolas altas e paradas. E não parece ser problema individual dos atletas escalados, porque já se testaram várias formações, tanto de meio campo, quanto de zagueiros, e as falhas são sempre as mesmas.

Menos mal que a vitória, se não foi brilhante, tampouco foi ao acaso. O Vasco foi melhor que seu oponente, mesmo com um time cheio de desfalques importantes, aproveitou as oportunidades que criou, e aproveitou a oportunidade para se afastar da zona do rebaixamento. A vitória não resolve nada, mas alivia o clima.

Com dois jogos a menos a vitória deixou o Vascão está em 13º lugar na tabela, e com possibilidades de chegar aos 30 pts e entrar na luta direta pelo G6. Se não tivéssemos perdido 7 pts bobos (3 em casa para o Vitória, 2 em casa para o Ceará, e 2 fora contra a própria Chapecoense,) e já estaríamos com mais de 30 e, em caso de vitória nas duas partidas adiadas, em luta direta pelo título.

Por isso não se pode perder pontos para equipes muito inferiores, se você quer disputar algo a mais num campeonato difícil como o Brasileirão.

Mas se o Vascão ainda não está correspondendo em campo da forma que a torcida espera, ao menos parece a mim que não corre grandes riscos de queda, mesmo estando muito próximo ao Z4 nas última rodadas. Claro, isso desde que confirme em campo o elenco melhor que tem em relação aos times que brigam na parte de baixo da tabela.

E Maxi López está num excelente caminho para se tornar ídolo dessa torcida, que tanto anseia por voltar aos grandes dias que fizeram sua brilhante, emocionante e vencedora história. Só precisa se adaptar aos métodos brazilis de distribuir cartões, porque não dá para tormar 3 cartões em 3 jogos, ainda mais sendo atacante.

Mas o Vascão tem muito ainda a melhorar, e vai melhorar. A torcida precisa incentivar, participar, se associar. O Club precisa de nós, e nós não vamos faltar.

Quanto a Valdir Bigode, parabéns por sua primeira vitória no comando da Equipe, parabéns por estar invicto comandando a Equipe, mas você ainda não está pronto. Uma coisa é entrar com os 3 volantes contra o Atlét. MG em Minas, outra é fazer o mesmo contra a Chapecoense no São Januário. Valdir um dia será um grande técnico, dos melhores, mas ainda não está pronto.

Saudações Vascaínas!



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