quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Classificação: proibida para cardíacos

O Vascão subiu a serra e sentiu. 2800 m de altura fizeram uma enorme diferença em favor do Jorge Wilstermann, que acabou devolvendo o placar de 4x0, o que levou a partida para a decisão por pênaltis. E era por isso que eu pedia uma diferença mínima de 4 gols em São Januário, e era por isso que eu dizia que ainda não estava resolvido. E também dizia que, nos primeiro 10 ou 15 min, a atenção precisaria ser máxima. Mas apesar de tudo, acabou bem para nós Vascaínos, e é o que importa.

No jogo o Vascão sentiu os efeitos da altitude sobremaneira. Desde o início do jogo os reflexos de praticamente todos os atletas estavam mais lentos, o tempo de bola estava dessincronizado, o fôlego era nitidamente inferior e aquém do normal. O que mostra isso é que os Vascaínos perderam praticamente todas as disputas de velocidade, perderam praticamente todas as disputas de bolas altas, quase todos os rebotes das defesas, erravam passes simples, e que normalmente não erram. O resultado disso é que aos 16 min de jogo o Vasco já perdia por 3x0, e uma tragédia de proporções astronômicas se anunciava. Tudo que eu dizia que não poderia acontecer, acontecia.

Menos mal que a partir dos 20 min o Vasco conseguiu controlar o ímpeto dos bolivianos, e a partir dos 30 min até equilibrou a partida. Esse equilíbrio se estendeu até os 25 do segundo tempo, quando o Jorge Wilstermann anotou o quarto gol. A partir daí o jogo ficou mais aberto, com chances de ambos os lados, mas mais maduras do adversário, ainda que o juiz tenha deixado de anotar pênalti em Rildo, o que poderia ter resolvido a classificação para o Vascão, ainda durante o tempo de jogo.

Mas o juiz não deu e a partida foi para os pênaltis. Aí San Martin, mais uma vez, salvou a pele do Vascão, e ainda por cima aproveitou para aumentar a idolatria da torcida, tornando-se disparado o maior ídolo da década.

No resumo o time sucumbiu à altitude, perdeu a vantagem, foi para uma desesperada disputa de pênaltis, quando Martin Silva voltou a ser o goleiro que a torcida merecidamente festeja. Os jovens e saudáveis se desesperavam, e os cardíacos devem ter sido retirados da frente da TV, porque foram emoções demais em uma noite só. Algo seguramente proibido para cardíacos.

Agora é esperar La U em São Januário no dia 13 de março. Que a partida de ontem tenha servido de lição, e que mares menos revoltos nos esperem, e mesmo tendo 3 pedreiras pela frente, ao menos não teremos altitude. Acho que dá pra avançar na Libertadores.

Saudações Vascaínas!

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