Ontem o Brasil deixou a Copa do Mundo no Catar, após empate em 0 no tempo normal, empate em 1 na prorrogação, e uma derrota por 4x2 na cobrança de pênaltis. Enquanto os croatas converteram os 4 pênaltis que cobraram, o Brasil converteu apenas 2 dos 4 cobrados. Se vocês leram minha última postagem sobre a Copa do Mundo, coloquei o Brasil na 4ª posição em preferência, simplesmente porque o Brasil tem camisa, tem algumas individualidades, mas o coletivo era ruim. Como eu disse, jogaram bem o 2º tempo contra a Sérvia, parte do 2º tempo contra a Suíça, o 1º tempo contra a Coreia do Sul, e não jogou mal contra Camarões, mas se perderam no preciosismo. Ou seja, um futebol oscilante, na maior parte do tempo ruim, e que parecia fadado a repetir os fracassos de anos anteriores.
Como eu disse, o Brasil poderia ter vencido. Tem algumas individualidades, tem camisa, e teve alguns momentos de brilho nessa Copa. Isso poderia se repetir até o final, e o Brasil vencer, e poderia até ter evoluído um pouco, dado o salto que o levaria ao título, mas não deu. A verdade é que o Brasil tem um bom time, mas existem melhores hoje, que combinam o coletivo com algumas individualidades que fazem a diferença quando necessário.
Aí vem aquele monte de gente falar em ensinamentos da derrota, em "loteria" dos pênaltis e outros lugares comuns a que sempre recorrem nesses momentos. Mas é só isso mesmo, lugar comum. Pênalti não é loteria, mas técnica, controle emocional e força. Lamento dizer, mas todas são qualidades que a seleção brasileira mostrou em apenas alguns momentos, e que claramente faltaram na hora de decidir nos pênaltis.
E isso tudo ocorreu porque o Brasil ficou fechado num esquema, em jogadores fixos em posições, previsíveis, e porque não soube jogar com o resultado quando o teve nas mãos. Por favor, não comparem com 1982, foram circunstâncias absolutamente distintas, e nem digam que foram erros individuais (como vi numa estúpida reportagem no UOL), porque o erro foi coletivo e tático. Coletivo porque não soube jogar com o resultado, e tático porque não soube buscar alternativas para se impor no jogo.
Isso aconteceu porque esses jogadores são bons, mas não são excepcionais, e Tite é bom técnico, mas também não é excepcional. Para ganhar Copa do Mundo você tem que ter bons, mas tem que ter excepcionais também. Desde 2002 o Brasil não tem os excepcionais.
Saudações Vascaínas!
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