O título dessa postagem se refere a peça de teatro, que virou filme e minissérie da Globo. Escrita por Dias Gomes, a peça gira em torno de Zé do Burro, baiano do interior, que faz uma promessa de levar uma pesada cruz a uma igreja de Salvador, como pagamento pela cura de seu burro. Após provocar muitas disputas, Zé do Burro acaba morto e é carregado pelo povo para dentro da igreja, em cima de sua cruz.
Creio eu que, inspirados na obra imortal de Dias Gomes, nossos rivais de domingo passado tiveram a brilhante ideia de fazerem uma adaptação livre do tema. Trocaram a cruz por uma bandeira horrorosa, o burro por seus egos inflados e inchados, e fizeram tudo aquilo que não se faz. Diferente de Zé do Burro, que humildemente tentava pagar uma promessa, os protagonistas de nossa paródia foram prepotentes, arrogantes, desrespeitosos, egoístas, e acima de tudo, incompetentes. No pior de seus atos, desprezaram as crianças que ansiosamente esperavam para adentrar o gramado com seus "ídolos". Para coroar sua brava atuação, mais um "ladrilheiro" invade o campo no segundo tempo.
Com tantos predicados, merecidamente tornaram-se motivo de chacota e escárnio, na semana que sucedeu o Clássico dos Milhões. Mesmo a "Frapress" não teve opção, e acabou por posicionar-se contra os atos de seus protegidos, ainda que alguns tenham, pateticamente, tentado justificar situações tão ridículas. Até mesmo vários torcedores seus, acabaram por repudiar tamanha insensatez.
Mas vejam bem, nem tudo "deu ruim" na iniciativa dos defensores das cores de nosso rival. Se pensarmos bem, nas mão de um bom roteirista, esse episódio poderia render um bom filme de comédia, passível de muitas risadas, com direito a cenas de pastelão e desculpas esfarrapadas. Quem sabe assim o flamengo finalmente não passe a ser conhecido fora das fronteiras brasileiras? O título do filme poderia ser: 'Os Pagadores de Micos". O que acham?
Enquanto isso, nós humildemente demos um vareio de bola, e estamos na final contra o botafogo.
Saudações Vascaínas!
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