Christiano é um dos novos contratados do Vascão - Tomara que de certo
Foto da Internet
Ontem este blogueiro prometeu fazer uma análise das contratações que o Vascão fez até o momento. Antes que alguém comece com a bobajada de que não sou Vascaíno, ou que estou torcendo contra, que sou mulambo, ou qualquer outra acusação dessas, típica de quem não tem nenhum argumento lógico e prefere fechar os olhos às coisas que acontecem, afirmo que torço muito para que todos os contratados sejam muito eficientes, que todos virem titulares da seleção brasileira, e que sejam vendidos por muitos milhões de euros para os europeus, resolvendo os problemas financeiros do Club e de quebra os problemas técnicos da equipe de futebol profissional. Mas torcer por isso não me faz ficar cego e aceitar de bom grado uma série de coisas. Sendo assim vamos analisar friamente as contratações feitas até o momento.
Começamos por aqueles que a torcida vem chamando de medalhões, de jogadores que vieram para resolver, Marcinho e Julio dos Santos. Nada contra os dois, mas são apenas jogadores medianos, que já entraram na fase descendente da carreira, mas que ainda podem fazer algumas temporadas de alto nível, dependendo de como se comportem fora de campo e como cuidem de seus físicos. Podem ajudar, mas não chegam a empolgar.
Dos outros contratados, Lucas é provavelmente o jogador que mais tem chances de ter uma bom desempenho. Já o vi jogar algumas vezes e ficava pensando se com bons companheiro seu futebol não renderia mais. Já está com a idade um pouco avançada (26 anos), mas tem realmente talento. Se vai conseguir render num time de grande expressão é outra história. Mas se tenho que apostar em um que dê certo, esse é Lucas.
Jean Patrick também tem chances de fazer um bom papel no Vascão. Uma Série B um pouco irregular no time da luverdense, mas acabou se firmando na Lateral Direita. Tem a versatilidade de jogar como Volante também. Quem sabe?
Aislan é um zagueiro que tem no seu currículo a passagem pelas divisões de base do São Paulo. Na época era tido como grande promessa, mas nunca se concretizou. Já está com 26 anos e nunca defendeu uma equipe grande como profissional, o que por si só já o deixa sob a pecha da suspeita.
Matheus Índio - Dizem que é muito técnico, e era tido como grande promessa na base do Vascão. Entrou em litígio com o Club e foi parar em São Paulo, por último defendendo o santos, onde não apresentou grande coisa. Mas poderá surpreender, já que nessa idade costuma-se variar demais nas atuações. Não concordo com o que o Club vai pagar para ele de salário R$ 100 mil mais a dívida que o Vascão tinha com ele parcelada (foi informado na imprensa). Acho que com essa grana se contrataria jogador mais útil à equipe, e não uma promessa que pode ou não vingar.
Christiano - Parece ser um bom Lateral Esquerdo. No bangu não cheguei a vê-lo jogar, mas o vi no vila nova. Pelo que ele jogou o time goiano não merecia ser rebaixado, mas ele não joga sozinho. Deverá disputar posição com Lorran.
Bruno Ferreira - Vi jogar três vezes pela portuguesa. Não gostei nenhuma das vezes. O limitado Carlos Cesar é muito melhor que ele, e acho até que o limitado André Rocha é melhor que ele, mas enfim, que queime minha língua.
Erick, Erick Luis e Victor Bolt - Não entendi a contratação desses três. Nenhum deles se destacou em lugar nenhum, foram rebaixados no fraco campeonato Carioca pelo olaria e não acredito que venham acrescentar nada ao Vascão. Além disso vem sendo ventilado nas redes sociais que os três são representados por uma empresa chamada Brasport, que pertenceria a Paulo Angioni, Paulo Reis e José Luís Moreira, todos com cargo na diretoria de Eurico Miranda. Não sei se a empresa existe, se pertence aos nomeados acima ou se os jogadores são representados por ela, mas caso as denúncias sejam verdade é motivo para que a oposição propositiva passe a ser ativa, e cobre explicações sobre essas contratações.
Também é importante lembrar que o blogueiro sabe das dificuldades financeiras do Club. Não é de hoje que dizemos e pedimos paciência para a torcida e que lembramos que não é fácil fazer grandes contratações quando não se tem dinheiro para investimento. As novas regras da FIFA, que proíbem a participação de investidores nessas transações, vem criar novos obstáculos às contratações, mas gostaria de lembrar que o Vascão ainda é um clube de primeira grandeza, e não estamos pedindo titulares da seleção brasileira, nem mesmo grandes estrelas internacionais. Se pararmos para pensar, Rodrigo Caetano trouxe uma série de jogadores consagrados, todos de clubes da Série A e aqueles que não eram consagrados eram boas promessas.
O time formado ano passado pode não ter dado liga, pode ter apresentado problemas de empenho, e até técnicos, mas é inegável que poucos Vascaínos esperavam ver jogadores como Douglas, Kleber ou Maxi Rodrigues vestindo o Manto Vascaíno, ainda mais porque o Club tem uma enorme dívida, atrasa salários, enfrenta outros problemas de ordem financeira fora de campo e ainda por cima passava por um processo eleitoral truculento e confuso.
A comparação com o ano passado é para mostrar que o Vascão ainda é uma marca que impõe respeito e é objeto de desejo de muitos atletas. Poderíamos estar montando um time mais forte, mesmo com os problemas financeiros. E isso se confirma quando vemos uma série de clubes que até pouco tempo tinham um poder de investimento muito superior ao Vascaíno, e agora entram em fase de contenção, incluindo os poderosos mineiros, campeões nacionais ano passado, o corínthians, que há pouco foi campeão mundial, ou o grêmio, que inaugurou novo estádio. Dessa forma a concorrência diminui, e poderíamos ter feito mais umas duas ou três contratações do mesmo nível de Marcinho e Julio dos Santos. Não faria um timaço, mas ao menos teríamos um pouco mais de confiança na equipe.
Em sua outra passagem na presidência do Club, Eurico cansou de aplicar a política de contratar um monte de jogadores baratos na esperança de que alguém desse certo. Mas existe grande diferença entre a política aplicada por Eurico e contratar uma promessa ou duas, como foi o caso de Leandro e Juninho, que vieram como promessas do sport. Um se firmou, ou outro caiu no ostracismo. A política de Eurico nunca produziu nada de positivo para o Club, e ainda deixou algumas passagens lamentáveis, como derrotas para os baraúnas da vida, e uma frequente briga contra o rebaixamento.
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