O Vascão foi a Campina Grande
para evitar o jogo da volta, mas teve muitas dificuldades, e acabou
conquistando uma vitória muito suada. No primeiro tempo o Vascão tinha a posse
de bola, mas quem tinha as oportunidades mais claras era o treze. E foi assim
que eles abriram o placar, em jogada rápida pela esquerda, cruzamento no meio
da área, e o rápido Esquerdinha apareceu livre para chutar a gol. Diogo Silva
nada pode fazer. Depois disso o Vascão criou três oportunidades seguidas, mas o
goleiro Gilson apareceu bem e evitou o empate. Depois disso o Vascão viveu de
alguns chutes de longe de Danilo e Douglas, com o primeiro sendo mais perigoso.
O treze vivia de contra-ataques e das falhas de Diogo Silva. Mas o primeiro
tempo terminou assim.
Nessa etapa o Vascão tinha muitas
dificuldades, principalmente pela distância excessiva entre os setores da
equipe, entre os próprios atletas, e a lentidão excessiva de Douglas, Felipe
Bastos e Reginaldo, que foram figuras nulas no primeiro tempo. Montoya não era
nulo, mas segurava demais a bola. Talvez por não ter com quem jogar. A
cobertura às subidas dos laterais era muito mal feita, e constantemente a zaga
se via no mano-a-mano com o ataque do treze. Felipe Bastos nem marcava nem
chegava ao ataque, e Danilo se lançava ao ataque, mas tinha dificuldades para
voltar.
Na segunda etapa o Vascão voltou
com Yago e Marquinhos nos lugares de Montoya e Reginaldo. E as mudanças deram
certo, como já haviam dado contra o resende em Manaus. Logo no início, Marquinhos
fez boa jogada pela esquerda, cruzou, e Thales desviou de cabeça decretando o
empate. O Vascão se lançou ao ataque, e deu a impressão de que buscaria a
vitória, mas isso durou pouco e a partir dos 10 min da segunda etapa o jogo já
estava equilibrado novamente.
E o jogo foi assim até os 40 min,
quando Douglas cobrou escanteio da direita e Thales subiu mais que todo mundo
para fazer seu segundo gol de cabeça. 2x1 foi o resultado final.
O resultado em si não foi ruim.
Primeiro porque o Vascão voltou a ganhar, e isso foi muito importante. Mas
existe um problema sério na Equipe dirigida por Adilson Batista, e esse
problema é a falta de ambição. Quando o jogo estava 1x1 o Vascão já estava
cozinhando o jogo, nitidamente satisfeito com o resultado. Quando fez 2x1
então, aí mesmo que a coisa ficou escancarada. Para Adilson e as Equipes que
ele treina, 1x0 é goleada histórica.
A arbitragem foi um caso a parte.
No primeiro tempo foi muito confusa, deixou de dar várias faltas, inverteu
outras, aceitou a catimba do treze, principalmente após fazerem seu gol, e não
foi bem. Melhorou no segundo tempo, mas no geral não foi muito bem.
Nota:
Diogo Silva – Bola Diogo Silva,
Diogo Silva bola. Isso serve para jogar futebol. Não tem a menor condições de
estar no elenco do Vascão, se é que tem condições de estar em algum elenco. Não
teve culpa no gol, mas soltou bolas fáceis, saiu em falso algumas vezes,
complicou jogadas em outras. Muito fraco. Com isso tudo não passa confiança à
zaga, lógico. Não dá para entender porque Adilson não testa Jordi. Nota 3,0.
André Rocha – É um zagueiro,
jamais lateral direito. Deixou um enorme buraco pelo lado direito no primeiro
tempo, principalmente por falhas de cobertura. O gol do treze saiu por seu
lado. No ataque é bastante limitado. Ainda por cima perde a cabeça com
facilidade. Seria melhor que Adilson assumisse que joga com 3 zagueiros. Nota 4,5.
Luan – Um primeiro tempo
complicado. Ficou várias vezes no mano-a-mano com o ataque adversário, principalmente
com o rápido e perigoso Esquerdinha. Nessa etapa perdeu várias vezes, principalmente
na corrida. Na segunda etapa melhorou muito e voltou a ser o Luan que
conhecemos. Nota 5,0.
Douglas Silva – Boa estreia. Na
primeira etapa teve dificuldades parecidas com as de Luan, mas se saiu melhor
que ele. No segundo não teve maiores dificuldades. Nota 6,0.
Diego Renan – Melhorou no ataque.
Na defesa continua um pouco estabanado, mas parece estar deixando a má fase de
lado. Levou um amarelo por conta disso. Nota 6,0.
Felipe Bastos – Um primeiro tempo
para se esquecer. Não marcou, não atacou, não nada. A única coisa que fez foi
se preocupar com a catimba adversária e reclamar. No segundo tempo se
posicionou mais na defesa, cobrindo as subidas de André Rocha. Aí ao menos foi
volante e marcou um pouco melhor, mesmo assim consegue fazer a Nação ter
saudades de Pedro Ken. Nota 4,5.
Danilo – No primeiro tempo foi
mais um armador do que um volante. Chutou várias vezes de fora da área, e com
perigo, mas não fez a necessária cobertura a Diego Renan, o que criou problemas
para a defesa. No segundo se segurou um pouco mais, e ainda foi importante na armação,
mas sem deixar os buracos no lado esquerdo. Tem muito potencial, pena que já
esteja vendido. Nota 5,5.
Douglas – Com a bola rolando é
uma nulidade. Lento, impreciso e dispersivo, mas bate bem faltas e escanteios.
O problema é que isso é muito pouco para alguém ser considerado o craque do
time e a solução para os problemas do meio campo e armação. Nota 4,0.
Montoya – Fora de posição não
consegue render o esperado. Ainda por cima é canhoto e está deslocado pela
direita. Uma das invenções tacanhas de Adilson Batista. Mesmo assim vem se
esforçando, mas mais uma vez fez um bom começo, que se apagou logo. Nota 4,5.
Foi substituído por Yago, que deu
outra dinâmica pelo lado direito. Chegou à linha de fundo e foi sempre perigoso
pela direita, sendo parado várias vezes com falta. Nota 6,0.
Thales – O nome do jogo. Apagado
no primeiro tempo, quando brigou sozinho contra a zaga adversária, e o jogo erradamente
afunilava pela congestionada entrada da área do treze. No segundo, quando teve
os auxílios de Yago e Marquinhos, subiu muito de produção e voltou a ser o
jogador perigoso e matador que conhecemos, inclusive fazendo os dois gols da
virada. Levaria nota melhor se o primeiro tempo tivesse sido melhor
aproveitado. Nota 8,0.
Reginaldo – Taticamente vai bem,
volta para fechar o meio quando somos atacados (contra-ataque é outra
história), segue as instruções e abre pela esquerda, mas é muito fraco. Pisa na
bola, se enrola, joga de cabeça baixa, tem dificuldades para dominar a bola e
chuta mal a gol. Precisa dizer mais? Nota 4,0. Foi substituído por Marquinhos, que assim como Yago, mudou
o lado esquerdo do ataque. Rápido, driblador foi para cima e foi muito
perigoso. Fez grande jogada no gol de empate, e várias vezes foi parado com
faltas. Se houver um mínimo de coerência em Adilson o ataque titular já está formado.
Nota 7,0.
Adilson Batista – Mais uma vez
escalou mal a Equipe, menos pelos nomes escalados, e mais pelo posicionamento
dos atletas em campo, mostrando que tem dificuldades em entender que os atletas
não são todos polivalentes, podendo ser escalados em qualquer lugar. Hoje ao
menos teve o bom senso de não demorar em alterar a Equipe, e já voltou do
intervalo com as modificações necessárias e bem feitas. De qualquer forma
continua dirigindo uma equipe covarde, seja ela a titular ou a reserva. Dizemos
isso porque era nítido que a Equipe já estava satisfeita com o empate, a
vitória veio em lance quase acidental. Muito pouco para uma Equipe como o
Vascão, ficar satisfeita com empate com o treze. E mais uma vez asseguramos que
não é desrespeito, apenas a constatação da diferença em investimento,
financeiro e tradição entre os dois. Nota 3,0.
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