sábado, 15 de fevereiro de 2014

Blog do Vascão Eterno e as sombras que insistem em rondar a Colina

Após cinco anos de administração de Carlos Roberto, o Vascão continua com problemas estruturais e administrativos herdados de Eurico Miranda, mas também adquiriu outros, criados pela atual administração. Se a escassez de títulos começou com a assunção de Eurico Miranda à presidência do Clube no início do século XXI, isso se ampliou e nos últimos 13 anos levantamos apenas dois títulos no futebol profissional, embora outras categorias e modalidades tenham nos dado alguns títulos nos últimos anos, mas nada que possa aplacar a sede por títulos a que a Nação Cruzmaltina se acostumou e merece.

Os pouco mais de 20 anos de administração de Antonio Soares Calçada parecem realmente ter ficado no passado. Amparado por resultados expressivos em campo, e uma administração eficiente para a época, foi capaz de controlar a cena política do Cube, e acabou por ter uma oposição frágil e pouco atuante. Isso ficou mais nítido depois que cooptou Eurico Miranda, mantendo-o como vice de futebol pela maior parte do tempo em que esteve à frente do Gigante.

Tal situação também possibilitou manter o Clube com boa saúde financeira, a ponto de, no final dos anos 90, o Vascão ser o único clube carioca que não tinha dívidas, e ainda mantinha alto grau de poder de investimento. Isso se traduzia na contratação de grandes craques, e em termos sempre um Time muito competitivo. O maior exemplo disso foi a contratação de Bebeto, na época ídolo de nosso maior rival.

Mas esse tempo passou, e em apenas 14 anos, o Vascão passou de um Clube saudável, que mantinha um Time altamente competitivo, para um dos maiores devedores do futebol brasileiro, e a ter um Time que já foi duas vezes rebaixado nos últimos 5 anos.

Essa situação lamuriosa ainda é acompanhada de uma situação política desastrosa, onde o Clube aparece altamente fragmentado, e interesses pessoais de poder têm se sobressaído aos interesses do próprio Clube.

A administração interna, e os relacionamentos externos do Clube também vêm sendo bastante importantes em todo esse processo. Os primeiros anos pós-Calçada foram marcados por uma administração suspeita, e por relacionamentos externos tumultuados, que levaram o Vascão de uma posição de relevância a apenas se manter com muita dificuldade entre os clubes de elite do país.

Na segunda administração pós-Calçada, o mínimo que podemos dizer é que internamente há impressionante incompetência – para dizer o mínimo -, e em seus relacionamentos externos o Clube vem sendo usado com vistas a ganhos políticos pessoais e se portado de forma altamente permissiva e passiva, passando de inimigo público a motivo de risadas e chacota.


E toda essa situação promete perdurar por mais algum tempo, pois os Vascaínos vêm mostrando impressionante miopia, ao ver apenas a existência das duas correntes acima como opções de administração ao Gigante. 

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