O empate entre Coritiba e Vasco ontem no Couto Pereira não chegou a ser ruim como resultado, mas está longe de ter sido bom. Bem ou mal o time coxa branca é o penúltimo colocado na tabela, e faz meses que não vence um jogo, então o Vasco poderia ao menos ter apresentado um futebol melhor. Mas não foi isso que vimos em campo.
O primeiro tempo foi certamente o pior do Vasco. Sim, e mais uma vez desmentindo a bobagem da tão propagada posse de bola, o Vasco teve algo em torno de 60% da posse de bola e foidominado pelo Coritiba. Sim, embora não tenha sido um domínio avassalador, foi um domínio. Quem criou algumas poucas oportunidades foi o time paranaense, quem fez o goleiro adversário trabalhar um pouco foi o time paranaense, e quem fez um gol (mais uma vez nos acréscimos do 1º tempo e numa falha da defesa) foi o time paranaense. O Vasco trocava passes sem nenhuma objetividade, e sem oferecer nenhum perigo ao goleiro adversário. O 1x0 no primeiro tempo não chegou a ser uma sorte, mas também não foi algo merecido pelo massacre imposto pelo nosso adversário, mas simplesmente por ter feito nosso goleiro trabalhar, enquanto nós não fizemos nada.
No segundo tempo o Vasco foi um pouco mais objetivo. Voltamos com Galarza no lugar do apagadíssimo Rodrigo e Figueiredo no do também apagadíssimo Andrey. As mexidas não fizeram o Vasco jogar bem, mas melhorou a saída de bola e fez o Time chegar com ela melhor ao ataque. O contestadíssimo Galarza literalmente impediu o 2º gol do coxa em um contra-ataque ao tirar a bola em cima da linha, e ainda fez o cruzamento que deu a Erick Marcus a condição de anotar o empate. Ou seja, ele foi fundamental nesse ponto do Vasco. Depois entraram Erick Marcus no lugar de Alex Teixeira e Orellano no lugar de Gabriel Pec. O Vasco seguiu com dificuldades, mas ao menos passou a ameaçar o time paranaense, o que acabou no gol citado acima.
Em suma, o jogo foi ruim, de nível técnico baixíssimo, com honrosas exceções, e o resultado foi mais do que justo. Nesse confronto ficou muito claro que o Vasco tem muito a ser mudado, que o meio-campo Vascaíno precisa ser revisto, que alguns posicionamentos idem, e que o Time desaprendeu, porque muito das péssimas atuações individuais foram também fruto do espaçamento entre setores do Time. Se no início do ano eu marquei aqui a evolução de finalmente termos um Time compacto, agora essa compactação desapareceu. Tínhamos uma linha de defesa com 4-5 homens, um latifúndio, dois "armadores", e três atacantes. Como fazer a bola chegar com qualidade no ataque se ela é literalmente rifada. Além disso o espaçamento facilita a marcação do adversário, e várias vezes os Vascaínos perdiam a bola para uma marcação dobrada, ou até triplicada em cima de apenas um dos nossos. A compactação precisa ser reconquistada, porque hoje não se joga futebol sem um time compacto.
Essas questões precisam ter a atenção rápida de Barbieri, porque temos tempo para treinar, e temos um Elenco capaz de executar esse tipo de jogo. Mas isso precisa ser cobrado também.
Saudações Vascaínas!
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