Depois de mais uma derrota desnorteante, onde o são paulo deitou e rolou, fez dois no primeiro tempo e matou o jogo logo no início do segundo, depois deixando o tempo passar, e mesmo assim foi perigoso em contra-ataques, chegando ao quarto nos acréscimos, o Vascão perde uma posição na tabela, não sai do Z-4 mesmo que ganhe do grêmio na próxima rodada, e se complica cada vez mais no Brasileirão.
As bravatas do mandatário são engraçadinhas, animam campeonatos, mas precisam ter hora e lugar. Eurico contratou um técnico para tentar fechar a porteira de um time fraquíssimo, que vem levando muitos gols, e dessa forma garantir a permanência na Série A do Brasileirão. Um ou outro reforço pontual, mas que pouco acrescenta a um time tecnicamente limitadíssimo, e já emocionalmente quebrado.
Existe saída para essa sinuca de bico? A resposta é sim. Mas ela exigiria de Eurico algo que ele não tem, que é humildade e jogo de cintura política. O mandatário Vascaíno tem por característica, e foi forjado, numa época em que se garantiam conquistas com socos na mesa. As coisas mudaram e Eurico não viu.
Para tirar o Vascão dessa situação não adianta recuperar o patrimônio, não adianta soltar bravatas, nem fazer do Club um feudo, atuando com nepotismo e ficar culpando diretorias passadas (o que inclui sua própria primeira passagem pelo comando do Club) pelas mazelas que atingem o Gigante da Colina no momento.
Tampouco podemos ficar fazendo discursos e apostas em jogadores de qualidade técnica mais do que suspeitas. Não adianta falar que não corremos riscos, porque "só invisto no salário baixo, e se der certo o Vascão ganha". O problema é que se der errado (e quase sempre dá) o Vascão perde, e perde muito.
Porque isso não é aposta, isso é tiro no escuro.
Mas como sair disso.
A resposta é simples. Eurico precisa abaixar a cabeça e chamar os grupos de oposição a conversar. Ao menos os mais fortes, como os Identidade Vasco, de Roberto Monteiro, o Sempre Vasco, de Julio Brant, e o que restou da Cruzada Vascaína. Precisa buscar uma composição, mais apoio interno, não no sentido de se eternizar no poder e a seus seguidores, mas no de reerguer o Club, que jamais passou por situação tão desesperadora quanto nesse momento.
O Vascão precisa angariar forças de todos os lados para passar dessa fase adversa. Precisa coordenar sinergias no sentido de resgatar patrimônio, desempenho esportivo, e aí sim o respeito. E isso não será conseguido com o discurso de ódio que situação e boa parte da oposição embandeiram no Club. Cabe a Eurico capitanear e conduzir esse processo, capitalizando os resultados em prol do soerguimento do Gigante.
Se Eurico quiser e fizer isso, poderá realmente passar a história como o maior dirigente que o Vascão já teve. Caso contrário ficará sempre com a pecha de ter tido sucesso sob o olhar de Antonio Soares Calçada.
Por sinal, também não adianta ficar falando que "comigo não cai". Tem que trabalhar e juntar forças para que isso não ocorra.
A decisão é dele.
Saudações Vascaínas!
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