quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Vasco 0 x 1 Flamengo

O Vasco perdeu ontem, e quem esteve no Maraca disse que o Time foi melhor que o rival até os 30 min do primeiro tempo, quando tomou o gol e meio que se perdeu em campo. Até teve uma ou outra oportunidade de empatar, mas os adversários estiveram muito mais próximos de ampliarem do que nós de empatarmos.

Isso é ruim e não é. Tudo bem que é um Vasco x Flamengo, a torcida quer vencer, e vale taça, mesmo que essa taça esteja cada vez mais desprezada, mas a verdade é que o ano do Vasco é outro. Se vier Carioca, ótimo, mas nosso ano é de focar em não cairmos no Brasileiro. Para isso é necessário avaliarmos os atletas que sobem da base, e que poderão ou não ficarem no elenco para a sequência do ano. Tudo isso sem esquecer que teremos Sulamericana e Copa do Brasil ainda no primeiro semestre.

Que outra forma de saber se esses atletas terão condições de realmente colaborarem com o grupo do que colocando essa turma para jogar contra um adversário mais qualificado, num jogo de maior pressão (pela própria história do clássico), e valendo pontos?

Segundo Abel alguns corresponderam plenamente. Quem viu o jogo disse que a defesa foi muito bem, e quem analisa escalação percebe que Abel vem cometendo um erro ridículo, que é despovoar o meio-campo, e isso é beaba do futebol; o meio campo tem que ser ocupado, e tem que ser conquistado. Jogadas se constroem com a bola passando por esse setor, a defesa começa impedindo que o adversário trabalhe a bola nesse setor, e para isso é necessário ocupar fisicamente esse espaço, e com atletas que saibam minimamente fazer esse trabalho. 

Exemplo é Tiago Reis, que não é atleta para jogar pelas pontas, ele não tem velocidade para isso, e muito menos para fazer o trabalho no meio-campo, porque não tem nem a velocidade, nem a técnica, e muito menos o poder de marcação para isso. E como Tiago Reis, outros atletas também vêm sendo escalados fora de posição, e sem função claramente definida em campo.

Óbvio que é início de trabalho, mas já disse e repito, o bom técnico não é aquele que quer forçar um atleta a se adaptar a um esquema tático ou função para a qual ele não tem as características para executar, mas aquele que cria o melhor esquema tático para explorar ao máximo as qualidades do atleta, e minimizar suas debilidades.

Foi isso que Luxemburgo conseguiu fazer em boa parte do ano passado, e é isso que Abel precisa fazer esse ano. Até porque isso fará com que todos cresçam no Time.

Saudações Vascaínas!

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