domingo, 26 de janeiro de 2020

Boavista 0 x 1 Vasco: muito a arrumar.

O Vascão venceu o Boavista ontem por 1x0. O gol foi no apagar das luzes, já no final do tempo extra, mas deu ao Time sua primeira vitória do ano, do Campeonato, seu primeiro gol, e ainda deixou a marca de Germán Cano. Por tudo isso a vitória foi muito importante, mas não da para a torcida se motivar demais, porque vimos muitos erros na equipe que esteve em campo, seja de posicionamento, seja de esquema tático.

Num campo alagado, debaixo de muita chuva, e armado num 4-3-3 o Vascão entrou em campo melhor que o Boavista, mas faltava o toque final, o capricho que garantiria o gol. Foram algumas boas oportunidades criadas até os 30 min de jogo, mas ou a bola escapava ao domínio na hora da conclusão, ou ela ia para fora. Isso se deu muito em função de Juninho estar relativamente bem no jogo, e assim a bola conseguia chegar em Talles e Marrony. Talles desequilibrou, e Pikachu e Marrony estiveram um pouco abaixo do ponta-esquerda. Após essa meia hora Juninho se desequilibrou, o Boavista apertou a marcação sobre ele, e a bola parou de chegar no ataque. Foi aí que o Boavista criou a grande oportunidade dessa etapa, para boa defesa de Fernando Miguel.

No segundo tempo esperávamos que Abel corrigisse o problema, mas ele o piorou. A saída de Juninho para a entrada de Gabriel Pec deixou um buraco no meio campo, e uma enrolação no ataque. Pec não tem nenhuma intimidade com a meia, não ocupava o espaço, e se embolava com os atacantes. Um pouco depois Vinícius substituiu Raul, e o Vasco passou a atuar num 4-1-5. Bruno Gomes sobrecarregado não dava conta alguma do trabalho, mas ao menos Vinícius passou a incomodar pela esquerda com Talles. Sem ninguém no meio Marrony, e Cano principalmente, sumiram do jogo. No final Talles saiu e Ribamar entrou, e bem, Ribamar é Ribamar. A melhor oportunidade foi do Boavista, mas a bola beijou a trave, atravessou a área em frente ao gol, mas não entrou. Aos 48 do segundo tempo, bola levantada no segundo pau, e Cano subiu sozinho para cabecear sem chances para o goleiro. Não se enganem, a segunda etapa foi praticamente toda do Boavista.

Erros a serem consertados: inverter Talles e Marrony. Talles joga bem nas duas pontas, Marrony só na esquerda. Manter um meio-campo ocupado. Mais do que observar jogadores, é necessário armar o time taticamente, e o 4-2-4, ou o 4-1-5 que tivemos nos últimos jogos não existe. Sem meio campo a bola é o tempo todo rifada pela defesa, e facilita enormemente a marcação pressão sobre os zagueiros Vascaínos. Ribamar não da. 

Abel parece perdido. Tudo bem que a pré-temporada foi ridícula, que testes precisam ser feitos durante o Carioca, mas mais do que conhecer os atletas, o esquema tático precisa ser desenvolvido e sedimentado, e as possíveis variações testadas. 4-2-4 ou 4-1-5 são usados no final de um jogo que você precisa desesperadamente vencer, e não está atingindo o resultado, como finais de campeonatos, jogos classificatórios, ou num último jogo de Brasileirão que o resultado seja necessário, mas não está sendo alcaçado. Isso é desespero, não tática.

Muita coisa precisa ser acertada, evoluir. O Time precisa encorpar, crescer, acreditar.

Saudações Vascaínas!

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