domingo, 23 de outubro de 2016

Vitória burocrática

Talvez alguns se perguntem porque não tenho mais comentado jogos do Vascão. Bem, a resposta é simples e se divide em duas situações. A primeira é que embarcado tenho pouco acesso a uma internet suficiente para acompanhar os jogos (quando muito vejo os resultados e comentários). Nesse período também trabalho exatamente no horário dos jogos, o que faz com que muito raramente consiga acompanhar alguma das partidas.

Outro ponto é a mesmice de estar comentando jogos, em que o time apresenta sempre os mesmos erros, em que as desculpas são sempre as mesmas, velhas, esfarrapadas, manjadas, mas que na verdade, apenas reflete aquilo que temíamos no início do ano. E o que prevíamos era que um time, cuja espinha dorsal, suas principais peças, está em fase final de carreira, tem grande chance de não acabar uma temporada desgastante como a brasileira jogando o melhor que pode. 

Dizer que esse time conseguiu isso ano passado é não estar atento a situações distintas. Primeiro porque era um time um ano mais novo, e para atletas em fim de careira, um ano pode fazer muita diferença. Segundo porque a espinha dorsal do time não jogou o ano inteiro. Júlio César passou quase o primeiro semestre inteiro apenas mantendo a forma, Nenê passou um ano inteiro apenas treinando, já que não foi aproveitado na Inglaterra, salvo por poucos minutos em alguns jogos, piois que, somando tudo, não chegou a completar uma partida inteira na temporada européia. Andrezinho veio de um spa oriental, pois na China o futebol ainda engatinha. Rodrigo já dava os primeiros sinais de que a idade começava a pesar.

Com esse quadro, e a dificuldade de Jorginho em aproveitar a Série B para renovar o time, os erros acabam sendo sempre os mesmos, as dificuldades apenas vão aumentando, e temos apresentações dignas de Série B.

É certo que comemorei a invencibilidade, porque foi uma marca importante, e mereceu se comemorada. Mas isso não me impediu de apontar sempre os erros que observava.

Essas coisas desanimam, porque se torna repetitivo. Assim como mais uma apresentação, em que vimos os mesmos erros de sempre, e mais uma vitória, dessa vez contra o paraná, em que também poderíamos ter perdido o jogo contra um adversário muito mais fraco tecnicamente que nós.

Que essa Série B termine logo, que Eurico contrate com clareza, que a comissão técnica seja renovada com critério sério, e não indicação de um amiguinho, que a montagem do elenco obedeça critérios técnicos abrangentes, que o futebol comece a ser encarado como profissional, e não como o passa-tempo de quem não tem o que fazer.

Vejo o Vascão como muito mais do que um simples clube de esportes. Mas para que ele atinja toda suas possibilidades, precisa se grande nos esportes.

Saudações Vascaínas!

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