E é literal. O dia em que um índio treinou no Vascão, contado por Donizete Pantera. Texto abaixo tirado do site do netvasco.
Donizete, ex-jogador do Vasco, Botafogo, Corinthians, futebol mexicano e japonês, entre outros, até
Seleção Brasileira, contou nesta quinta, no programa ‘Expediente Futebol’ do Fox Sports, uma história
engraçadíssima sobre o “índio Popó” e a sua saga, de Manaus ao Rio de Janeiro, atrás do Pantera. O
objetivo: jogar no Vasco para impressionar a noiva e a tribo e então poder se casar. E ele conseguiu…
jogar no Vasco, pelo menos. Confira, a seguir, o ótimo relato de Donizete na Fox: “Fui jogar na Amazônia [em Manaus, pela Seleção Brasileira]. A gente foi treinar num lugar
simplesinho, perto da selva, lugar bem fechado, uma mata lá, aí quando fui pegar a bola apareceu um
índio de repente. Moleque, tinha uns 18 anos. [Pensei:] pô, índio quer matar o ‘Pantera’. Fiquei meio
cabreiro. Ele veio, gostou de mim pra caramba: - Oi, índio, tudo bom? - Tudo bom (falava meio estranho). - Que que você tá fazendo aí? - Quero jogar futebol. - Pô, mas agora num dá pra jogar. Vai lá no Vasco. Chegando lá no hotel, quem tava lá? O índio. De novo. Chegou primeiro que eu, já mais arrumadinho,
só com uma tanguinha. Com a flecha daqui pra cima. Ele chamava Popó: - Popó, aqui não dá pra treinar, não. Tem que ser lá no Rio [de Janeiro]. Mas vai lá. Depois te dou uma
moral. Aí beleza, jogamos, acho que foi 1 a 0, ganhamos lá. Tô no Rio, na outra semana ia jogar o clássico
Flamengo e Vasco, eu no hotel, dormindo, meia-noite, sonhando com o clássico, desesperado e toca o
telefone da recepção: - Donizete? - O que que foi? - Cara, tem um índio aqui, rapaz. Tá no portão e disse que só sai daqui quando tu chegar. - Caraca, tá maluco. Como é que esse índio chegou aqui? - Ele tá só de tanguinha, com uma fecha, arco e fecha e com uma sacola e falou que só entrega pra
você aqui no Rio, lá em São Januário. - Rapaz, tem como você pelo amor de Deus colocar ele num hotel pra mim? Segunda-feira eu tiro ele,
não deixa ele sair, não. Ganhamos do Flamengo, 2 a 1. Falei: ‘menos mal, ganhamos do Flamengo, tamo com moral, todo
mundo de bom humor, o [técnico Antônio] Lopes. Aí pegamos o índio. Chegou lá [em São Januário], tá o
Lopes na preleção, chega o índio, de tanguinha: - Que é isso aí, rapaz? - Doutor, é uma longa história, esse índio aí ele tem que jogar aqui no Vasco. - Por que que ele tem que jogar no Vasco? - Pro índio casar, para ele ficar com uma moral com a noiva dele, na selva, sei lá, na turma dele, ele
tinha que jogar no Vasco pra casar. Ô Lopes, dá uma moral pro cara aí, só pra ele correr um pouquinho. - Cê tá maluco, Donizete. Como é que eu vou botar o índio pra jogar? Vai lá falar com o Eurico. Então, eu vou… Cheguei lá, o Eurico gosta de um charutinho, a fumaça tava vindo por debaixo da porta.
Faleu: ‘meu Deus do céu, Jesus, deixa eu entrar com o índio Popó’. Bati na porta: - Que que foi? - É o Donizete, Doutor. - Cê não tinha que estar treinando? - Tá, mas eu queria falar sério com o senhor. - Então entra aí. E foi o índio primeiro: - Que é isso aí, rapaz? - Deixa eu falar, Doutor: pro índio casar e ficar com moral na aldeia, ele tem que jogar um pouquinho
no Vasco (ele veio de avião da FAB, avião cargueiro). - Rapaz, como é que vou fazer pra colocar esse cara pra treinar? Como o Eurico é supersticioso, eu falei: - Doutor, se o índio não treinar, sabe que índio tem aqueles negócios, aquelas doideiras, se ele não
treinar vai dar ruim pra gente. - Então vai lá, boto o índio pra treinar. Aí o Lopes fez um [treino] dois toques pra colocar ele. Colocamos a roupa do Vasco nele: - Popó, a chuteira, põe a chuteira. - Índio Popó não joga de chuteira, joga descalço. Aí ele jogou. Edmundo lá, mas ele não conseguia pegar na bola direito, ele era muito ruim, mas ele
corria bem, porque corria atrás de pantera, era rápido, aí a gente deixou ele fazer um golzinho, ele
vibrou, ficou apaixonado. Levei ele no aeroporto, ficou todo bobo. Não sei como ele tá hoje, se tá com
moral na selva. Nunca mais vi o índio Popó.” O narrador João Guilherme, apresentador do programa da Fox, assim como o comentarista PVC, entre
outros ali caíram na gargalhada com o divertidíssimo relato. Que história espetacular!
Donizete, ex-jogador do Vasco, Botafogo, Corinthians, futebol mexicano e japonês, entre outros, até
Seleção Brasileira, contou nesta quinta, no programa ‘Expediente Futebol’ do Fox Sports, uma história
engraçadíssima sobre o “índio Popó” e a sua saga, de Manaus ao Rio de Janeiro, atrás do Pantera. O
objetivo: jogar no Vasco para impressionar a noiva e a tribo e então poder se casar. E ele conseguiu…
jogar no Vasco, pelo menos. Confira, a seguir, o ótimo relato de Donizete na Fox: “Fui jogar na Amazônia [em Manaus, pela Seleção Brasileira]. A gente foi treinar num lugar
simplesinho, perto da selva, lugar bem fechado, uma mata lá, aí quando fui pegar a bola apareceu um
índio de repente. Moleque, tinha uns 18 anos. [Pensei:] pô, índio quer matar o ‘Pantera’. Fiquei meio
cabreiro. Ele veio, gostou de mim pra caramba: - Oi, índio, tudo bom? - Tudo bom (falava meio estranho). - Que que você tá fazendo aí? - Quero jogar futebol. - Pô, mas agora num dá pra jogar. Vai lá no Vasco. Chegando lá no hotel, quem tava lá? O índio. De novo. Chegou primeiro que eu, já mais arrumadinho,
só com uma tanguinha. Com a flecha daqui pra cima. Ele chamava Popó: - Popó, aqui não dá pra treinar, não. Tem que ser lá no Rio [de Janeiro]. Mas vai lá. Depois te dou uma
moral. Aí beleza, jogamos, acho que foi 1 a 0, ganhamos lá. Tô no Rio, na outra semana ia jogar o clássico
Flamengo e Vasco, eu no hotel, dormindo, meia-noite, sonhando com o clássico, desesperado e toca o
telefone da recepção: - Donizete? - O que que foi? - Cara, tem um índio aqui, rapaz. Tá no portão e disse que só sai daqui quando tu chegar. - Caraca, tá maluco. Como é que esse índio chegou aqui? - Ele tá só de tanguinha, com uma fecha, arco e fecha e com uma sacola e falou que só entrega pra
você aqui no Rio, lá em São Januário. - Rapaz, tem como você pelo amor de Deus colocar ele num hotel pra mim? Segunda-feira eu tiro ele,
não deixa ele sair, não. Ganhamos do Flamengo, 2 a 1. Falei: ‘menos mal, ganhamos do Flamengo, tamo com moral, todo
mundo de bom humor, o [técnico Antônio] Lopes. Aí pegamos o índio. Chegou lá [em São Januário], tá o
Lopes na preleção, chega o índio, de tanguinha: - Que é isso aí, rapaz? - Doutor, é uma longa história, esse índio aí ele tem que jogar aqui no Vasco. - Por que que ele tem que jogar no Vasco? - Pro índio casar, para ele ficar com uma moral com a noiva dele, na selva, sei lá, na turma dele, ele
tinha que jogar no Vasco pra casar. Ô Lopes, dá uma moral pro cara aí, só pra ele correr um pouquinho. - Cê tá maluco, Donizete. Como é que eu vou botar o índio pra jogar? Vai lá falar com o Eurico. Então, eu vou… Cheguei lá, o Eurico gosta de um charutinho, a fumaça tava vindo por debaixo da porta.
Faleu: ‘meu Deus do céu, Jesus, deixa eu entrar com o índio Popó’. Bati na porta: - Que que foi? - É o Donizete, Doutor. - Cê não tinha que estar treinando? - Tá, mas eu queria falar sério com o senhor. - Então entra aí. E foi o índio primeiro: - Que é isso aí, rapaz? - Deixa eu falar, Doutor: pro índio casar e ficar com moral na aldeia, ele tem que jogar um pouquinho
no Vasco (ele veio de avião da FAB, avião cargueiro). - Rapaz, como é que vou fazer pra colocar esse cara pra treinar? Como o Eurico é supersticioso, eu falei: - Doutor, se o índio não treinar, sabe que índio tem aqueles negócios, aquelas doideiras, se ele não
treinar vai dar ruim pra gente. - Então vai lá, boto o índio pra treinar. Aí o Lopes fez um [treino] dois toques pra colocar ele. Colocamos a roupa do Vasco nele: - Popó, a chuteira, põe a chuteira. - Índio Popó não joga de chuteira, joga descalço. Aí ele jogou. Edmundo lá, mas ele não conseguia pegar na bola direito, ele era muito ruim, mas ele
corria bem, porque corria atrás de pantera, era rápido, aí a gente deixou ele fazer um golzinho, ele
vibrou, ficou apaixonado. Levei ele no aeroporto, ficou todo bobo. Não sei como ele tá hoje, se tá com
moral na selva. Nunca mais vi o índio Popó.” O narrador João Guilherme, apresentador do programa da Fox, assim como o comentarista PVC, entre
outros ali caíram na gargalhada com o divertidíssimo relato. Que história espetacular!
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